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Suspeita de estupro pode ter feito mais de 30 mulheres como vítima na região de CG

Para a polícia, ainda existem mais vítimas e o acusado é considerado um psicopata em série

Casos de estupro são constantes no Brasil (Foto: Ilustrativa)
Um maníaco sexual, preso em outubro, é apontado pela Polícia Civil, como autor de mais de 30 estupros ocorridos entre os meses de junho e outubro na Região Metropolitana de Campina Grande. Exames de DNA tiveram os resultados divulgados ontem, mas outras vítimas reconheceram o caminhoneiro Iremar Albuquerque Alves Negreiros, 41 anos, como o criminoso. Os fatos foram relatados em entrevista coletiva cedida na Central de Polícia Civil.

Ao todo, são 25 inquéritos abertos nas delegacias da Mulher de Campina Grande e seccional de Esperança, mas em alguns inquéritos existem mais de uma vítima. Segundos os delegados, ele confessou a autoria da maior parte.

A delegada da mulher, Maíra Roberta, falou que ele disse ter cometido até mais casos do que informado pelas vítimas. “Temos reconhecimento das vítimas e de testemunhas, teve alguns atos que ele praticava na frente de familiares que reconheceram”, falou a delegada.

De acordo com ela, tem alguns inquéritos que são considerados estupros, mas não houve conjunção carnal e algumas pessoas não denunciaram por não entender essa abrangência do crime. Maíra explicou ainda que em todos os casos ele constrangia as mulheres com o uso da pistola e em um dos casos ele usou fios de telefone que ele já portava para este fim. Todos os envolvidos nesses constrangimentos são considerados vítimas de estupro.

A explicação dada pelo acusado envolve o uso de drogas em razão da profissão. “Ele disse que fazia uso de arrebite e crack e dizia que quando estava sob efeito das drogas ele praticava. Mas depois disse que quando estava na agonia ele saia e escolhia uma mulher”, contou a delegada.

As vítimas não tinham um perfil formado, passando por todas as idades nas cidades de Puxinanã, Areal, Esperança, Matinhas, Lagoa Seca, Montadas, Lagoa de Roça, Alagoa Nova, São Sebastião de Lagoa de Roça.

“O pior é que ele estuprou de jovem até pessoas de meia idade – tem uma vítima de 54 anos -. Ele vinha em uma moto preta, abordava as vítimas com uma pistola e obrigava a fazer sexo enquanto outras eram obrigadas a ficar olhando. A partir do momento que via duas ou três mulheres sozinhas, ele abordava”, disse o delegado seccional de Esperança, Henry Fábio.

Para a polícia, ainda existem mais vítimas e ele é considerado um psicopata em série. “A gente entende ele como maníaco sexual. Em um período de cinco meses ele cometeu 30 estupros, mas como algumas mulheres, por vergonha, não procuram a polícia, a gente pensa por baixo em 40 vítimas, era uma vítima a cada dois dias”, declarou Henry Fábio.

DNA comprovou

O material genético de Iremar foi incorporado no banco de dados do Instituto de Polícia Científica, o que levou a pelo menos cinco vítimas na Paraíba. A prova é considerada inconteste pelo IPC, ou seja, que não se põe em dúvida.

“Tivemos três casos, em Esperança, Matinhas e Remigio e dois casos em CG, sendo um de junho e outro de agosto. O material foi quatro secreções vaginais e um de esperma encontrado em uma blusa de uma vítima. Estes estão tecnicamente comprovados”, contou o perito-químico legal do Instituto, Sergio Lucena.

Ele adiantou que mais quatro estão em análise e que, como ele era caminhoneiro, pode ter mais vítimas em outros estados. Por este motivo, o material genético está sendo comparado com o de vítimas de estupro em todo o Brasil.

O IPC recebeu as primeiras amostras desses estupros em série em dezembro, após as mulheres procurarem a delegacia por reconhecer o homem preso. A superintendente do Instituto, Gabriela Nóbrega, afirmou que as vítimas precisam enfrentar as dificuldades e procurar a polícia ou um hospital logo após o fato.

“É de suma importância vítimas de crimes sexuais se encaminhe a delegacia mais próxima para poder ser submetida a exames antes de tomar banho, de se limpar, para que se tenha provas robustas porque senão fica difícil de provar”, explicou.

Relembre o caso

No segundo semestre de 2016, vários casos de estupro foram registrados na região metropolitana de Campina Grande. O bandido atacou mais na zona rural com uma pistola e uma moto.

A Polícia Militar, já tendo informações destes casos, conseguiu prender Iremar por porte ilegal de arma de fogo. Após a prisão, ele confessou para a PC mais de dez estupros e foi reconhecido por 17 vítimas na região de Esperança.

Foram feito retrato falado, o que ajudou no reconhecimento da PM. O primeiro caso foi em junho e ele foi capturado em 31 de outubro. O caminhoneiro é casado e tem dois filhos.

O acusado tem cinco mandados de prisão preventiva sendo cumpridos. Ele está detido no presídio de segurança máxima do Serrotão, em Campina Grande.

Do Portal Correio
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