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Advogado de Michel Temer desafia Rodrigo Janot

Mariz de Oliveira entrega defesa de presidente à CCJ e quer interrogar o procurador-geral no Congresso

Mariz de Oliveira, advogado presidente Temer (Imagem: O Dia)
A defesa de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, entregue nesta quarta-feira por seus defensores, se baseia em negar que os R$ 500 mil recebidos pelo ex-assessor e amigo Rodrigo Rocha Loures tivessem como destinatário final o presidente. O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira lançou um “respeitoso desafio” ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que ele “demonstre, através de um único indício, mais frágil que seja, que o presidente teria solicitado, recebido algo ou favorecido alguém”. 

Mariz de Oliveira disse que gostaria de debater com Janot na CCJ para ter “a oportunidade de demonstrar a ausência de provas, para eu interrogá-los”. Segundo o advogado, a acusação “é uma peça de ficção, baseada em hipóteses e suposições, criações mentais, fruto da inteligência do procurador-geral”.

Mariz de Oliveira afirmou que o presidente não cometeu “nenhum deslize de natureza moral, ética ou penal”. Com a entrega da defesa à CCJ, à tarde, bem antes do praz final, o próximo passo é a apresentação do parecer do relator do caso, o deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), o que está previsto para segunda-feira.

Apesar da perícia da Polícia Federal ter concluído que o áudio com a conversa entre o presidente e Joesley Batista não foi editada, Mariz de Oliveira insistiu na estratégia de desqualificar a prova. “A construção acusatória baseou-se em uma gravação maculada por cortes, adulterações e manipulações que lhe retiram a autenticidade”, disse Mariz, em coletiva ainda no Congresso. 

Sobre o fato de Temer ter recebido Joesley Batista fora de agenda, às 23h, no Palácio do Jaburu, em momento em que o empresário era alvo de operações da Polícia Federal, o defensor disse que não houve nada de anormal. “O presidente encontrou Joesley Batista, como encontrou inúmeras pessoas, e é bom que se diga, fora da agenda, noturnamente”.

Mariz de Oliveira negou que o governo esteja na UTI. “Eu diria que está na lanchonete do hospital. Está comemorando, está pensando, está trabalhando pelo país” disse.

Repetindo uma estratégia já usada pelo presidente, o advogado misturou a acusação a Temer a um ataque ao país. “Essa acusação não é contra um cidadão comum, esta acusação é contra o presidente da República, é contra o Brasil”.

De O Dia
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