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Chile domina jogo, mas Alemanha marca uma vez e conquista Copa das Confederações

Quase nos acréscimos, Jara saiu jogando errado, Draxler aproveitou e tocou para Goretzka, que chutou para defesa de Bravo

Alemães comemoram título (Foto: O Globo)
Alexis Sanchéz já dizia que um chileno tem que remar, remar, remar, remar mais de cem vezes para sair do lugar e ganhar posição de destaque no futebol mundial. E foi essa a síntese da equipe na derrota para a Alemanha, por 1 a 0, na final da Copa das Confederações. Os atuais campeões sul-americanos morreram na praia e viram os jovens alemães, um time alternativo de Joachim Löw, levantar a taça inédita em São Petersburgo.

Time com média de idade de 23 anos, a Alemanha estava na Copa das Confederações como para parte de uma estratégia de Löw para que os jovens ganhassem experiência para o Mundial de 2018. Mas foram os chilenos que aprenderam uma dura lição. Eles pressionaram, ocuparam o campo de ataque, tocaram a bola, concluíram... Só que uma fatalidade decidiu o jogo.

Löw avisou que o Chile gosta de criar e dominar e bastava a Alemanha segurar, mas também ter criatividade para atacar quando possível. Nem foi preciso. Na falha de Diaz, o excelente atacante Timo Werner roubou a bola na entrada da área e tocou para Stindl fazer 1 a 0 e chegar a três gols na Confederações. É o artilheiro ao lado de Werner e Goretzka.

Criticado em sua terra por levar um time alternativo, Löw provou em casa e além das fronteiras germânicas que estava certo. E ofereceu ao mundo mais uma boa e competitiva geração alemã, mais uma.

Era uma partida da vida para os chilenos. Mas a média de idade de 29 anos não segurou o ímpeto inicial de jogar no campo de defesa o tempo todo. No primeiro tempo, a posse de bola estava em 63% a 37% para o Chile. Todos os jogadores, exceto Bravo, jogavam além do meio-campo.

A experiência não resultou em paciência. Nervosos, os chilenos erravam passes curtos e a Alemanha esperava mais uma bola de graça. Quase nos acréscimos, Jara saiu jogando errado, Draxler aproveitou e tocou para Goretzka, que chutou para defesa de Bravo.

Timo Werner foi o melhor alemão. E por pouco não causou a expulsão de Jara, que o acertou com o cotovelo. O juiz servio Milorad Mazic consultou o árbitro de vídeo e deu apenas cartão amarelo para o chileno. Antes, Bravo, Kimmich e Vidal já haviam se desentendido. O jogo estava quente.

Nas cadeiras do belo estádio de São Petersburgo, a maioria era simpatizante dos sul-americanos. Ao compartilharem as cores das bandeiras, russos e chilenos se inquietavam com a possibilidade de derrota. Quando Aránguiz chutou cruzado e Ter Stegen tirou com as pontas dos dedos, o estádio veio abaixo. Faltava pouco tempo para o fim do jogo e das esperanças.

Visivelmente cansados, os chilenos não tinham força, mas compensavam na bravura. Seguiam na área adversária, onde Sagal recebeu de Puch e, de cara para o gol, chutou por cima. Nos acréscimos, Sanchéz bateu falta colocada e Ter Stegen fez a ponte para tirar. O Chile perdeu para a eficiência alemã. E também para os seus próprios erros.

Os acertos de Löw levaram a Alemanha a ser o terceiro país campeão mundial a vencer a Confederações, ao lado de Brasil e França. Nesta semana, os alemães foram campeões europeus sub-21 na final contra a Espanha. A renovação em curso alcança resultados imediatos.

- Tem sido um prazer jogar com este time jovem. Nós somos jovens, mas somos uma boa equipe. Nós queremos ver os nossos sonhos realizados - disse o goleiro Ter Stegen, eleito o melhor da final.

Para Löw, foi importante, do ponto de vista dos testes que fez na competição, analisar como o time conseguiu aproveitar a chance que teve no primeiro tempo e segurar a pressão no segundo.

- Foi mágico para estes jovens, que não têm experiência internacional. Mas o que eles fizeram foi muito impressionante, não acham? Foi merecido, porque o nosso time teve que lutar muito, principalmente no segundo tempo. E os jovens jogadores administraram isso bem - disse o treinador alemão:

- Nós temos que reconfirmar as vitórias. E o trabalho do sub-21 está começando. Chegar no topo e se manter lá é muito difícil - quando questionado por quanto tempo a Alemanha manteria a hegemonia.

Já Antonio Pizzi, lamentou a fatalidade que causou a derrota e a perda do título.

- Fizemos uma grande partida, criamos oportunidades, mas o futebol é do jeito que é, com acidentes. Mas saímos de cabeça erguida porque sabemos que podemos competir de igual com qualquer time do mundo. Sempre há o imponderável, como aconteceu hoje. São coisas que podem acontecer em uma partida. Vamos sofrer pela situação, do jeito que aconteceu, mas vamos seguir em frente - declarou o treinador chileno.

De O Globo
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