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EXCLUSIVO! Em entrevista, Igor Bento dá resposta surpreendente sobre Camila Toscano e Raniery Paulino

Igor diz que é golpista na PB (Foto: Da Net)

Jovem, bom orador e considerado uma das promissoras lideranças da atualidade, Igor Bento, em entrevista concedida para Fato@Fato, revela quem o fez ter deixado as fileiras do PMDB. Agora filiado ao PT, Bento vai apresentar seu nome como opção para a disputa de uma das 12 vagas da Câmara dos Deputados pelo Estado da Paraíba.

Igor também diz que é golpista, sobretudo no meio político paraibano. Perguntado como avaliava as atuações de Raniery Paulino e Camila Toscano, Bento dá resposta surpreendente. Quem lê o que o jovem líder respondeu, vai ficar estupefato. 

Na entrevista abaixo, concedida com exclusividade para a editoria de Fato@Fato, o acadêmico de Direito avalia a administração do prefeito Zenóbio, fala sobre o desempenho do governador Ricardo Coutinho a frente do Governo do Estado e comenta a ascensão de Michel Temer ao Palácio do Planalto.

LEIA ENTREVISTA

Fato@Fato – De que forma acompanha a cena política nacional, inclusive com as acusações de corrupções do MPF envolvendo partidos como PMDB, PSDB, PT, DEM, PSB, dentre outros?
Igor Bento - Claramente, nossa primeira reação é de repúdio a toda forma de corrupção que se apresente. Mas, é preciso que se faça uma análise mais á fundo do momento histórico que temos vivido, e nós não podemos cair no erro de permitirmos o enfraquecimento das organizações políticas, ou ainda, nutrir o sentimento de depositar na vala comum todos os agentes políticos. Igualmente, é preciso cautela ao avaliar o crescente ativismo judiciário e o desequilíbrio entre os poderes. A preservação do devido processo legal deve caminhar em conjunto com o fortalecimento das instituições de investigação.

Fato@Fato – Qual sua análise acerca dos possíveis envolvimentos das principais figuras destes partidos nas acusações de corrupção, inclusive o presidente da República.
Igor - O presidente da república chefia, segundo o processo que tenta se levar adiante no congresso nacional, uma quadrilha e eu concordo com esse termo. Uma quadrilha com muitos membros e que não mede esforços para estancar ou burlar investigações contra líderes e partidos, contra quais se têm prova. Os áudios do Senador Romero Jucá, vazados no ano passado, deixam claro a estrutura dessa organização criminosa. Por outro lado, acompanhamos um processo de tentativa de deslegitimar o Partido dos Trabalhadores sem fundamentos ou provas plausíveis. 

Fato@Fato – Na sua concepção, houve golpe contra o Estado Democrático de Direito e a democracia quando depuseram a presidenta Dilma Rousseff? Por qual motivo?
Igor - Não há sombra de dúvidas e a cada dia fica mais nítido que sofremos um golpe no ano de 2016 no episódio do impeachment da Dilma. Um golpe financiado pela mídia e os grupos empresariais desse país, com o intuito de levar a diante uma agenda de extinção de direitos da classe trabalhadora, e essa é uma realidade na geopolítica global. O Capital Financeiro tem pressa em instalar gestões de mercado e de Estado neoliberais. Por outro lado, juridicamente, acompanhamos uma farsa, um processo baseado em um crime inexistente, fato provado por diversos especialistas do Direito.

Fato@Fato – Se ainda estivesse no PMDB, qual seria sua análise acerca do golpe?
Igor - A postura que adotei, de enfrentamento ao golpe a fiz por convicção pessoal e sensibilidade de quem tem conhecimento, mesmo que mínimo, na matéria. E assim seria independentemente do grupo ou partido político ao qual tivesse atrelado. 

Fato@Fato – Como vê o cenário político paraibano para 2018? Quem é golpista com qual grupo o PT tende a se aliar. Concordas com tal aliança?
Igor - No que se refere ao processo eleitoral de 2018, apesar de muito indefinido acerca de possíveis candidaturas, temos mais clareza em relação a alianças. O PT deverá - e defendo isso – seguir aliançado a partidos progressistas. Quem participou do golpe e lhe dá sustentação, a Paraíba assistiu. A quem esteve do lado da história que poucos ousaram estar, e lutou bravamente no que foi possível contra o ataque à democracia e soberania desse país, é preciso reconhecer e ser grato; esse foi o governador Ricardo Coutinho e seu agrupamento.

Fato@Fato – Vais mesmo disputar a eleição de deputada federal em 2018? Qual seria seu discurso e como se vê enfrentando as lideranças de Guarabira e do Brejo?
Igor - Estamos em uma fase de consulta às bases do partido e aos movimentos de juventude da Paraíba, mas tudo se encaminha e diga-se de passagem, melhor que eu esperava para lançarmos ainda esse semestre nossa pré-candidatura. Não será fácil disputar o espaço com figuras que têm seu peso histórico importante na política local e uma estrutura financeira agigantada, mas certamente, meu método de fazer política e meu público alvo é bem distinto destes. Nossa agenda e discurso serão voltados para a reconstrução e sustentação de um governo popular e para o protagonismo da juventude nos espaços de discussão política e de gestão.

Fato@Fato – Nos fale do prefeito Zenóbio Toscano, da administração municipal e, se na sua opinião, o gestor vem fazendo uma ótima, boa, regular ou ruim gestão? Fale-nos os motivos.
Igor - Eu tenho defendido o discurso de que para Guarabira retomar seu crescimento faltam apenas duas coisas: ações públicas e prefeito. Se passaram 5 anos, e nenhuma das grandes ações com as quais Zenóbio se comprometeu saíram do papel. Isso é triste de se constatar. A cidade tem ficado para trás em termos de desenvolvimento em todos os setores e já não tem mais a soberania de uma rainha, como sempre o foi intitulada. Eu avalio a gestão Zenóbio Toscano como um desserviço à Guarabira. 

Fato@Fato – Como vê o trabalho parlamentar de Raniery Paulino e Camila Toscano para com Guarabira? Merecem ser reconduzidos à ALPB. Por quais motivos?
Igor - Em relação aos deputados que elegemos como nossos representantes, e nos quais votamos com expressividade, Camila e Raniery, eu prefiro que Guarabira faça essa avaliação ano que vem. Eu pessoalmente, decidi optar por uma opção diferente.

Fato@Fato – Quais teus projetos para Guarabira e o Brejo caso seja eleito deputado federal?
Igor - Tenho muita vontade e muito vigor - de forma privilegiada por ainda ser muito jovem - para exercer um mandato que pense em Guarabira conectada com as demais cidades desse Estado e que exerce sobre um reduto importante uma influência pertinente para o crescimento da região do Brejo e Agreste paraibanos. Outra discussão que é preciso ser pautada com urgência é da inserção do jovem no mercado de trabalho, é preciso que voltemos a tratar do primeiro emprego de forma prioritária. Os projetos e os anseios são muitos, precisaríamos de algumas entrevistas para tratar especificamente sobre. 

Fato@Fato – Quais foram as razões que o fizeram deixar o PMDB e ingressar no PT?
Igor - Particularmente, sofria muitas retaliações no reduto peemedebista de Guarabira, e deixo claro que não da parte de seus líderes, mas de alguns contemporâneos de partido e isso acumulado ao momento histórico que vivemos me fizeram tomar a decisão de deixar a sigla. A escolha pelo PT se dá pelo envolvimento com bandeiras sempre defendidas pelo partido e com a necessidade de oxigenação dos quadros da sigla, sobretudo na realidade local. Era um convite de anos, desde 2012, se não me engano. 

Por Antonio Santos
Editor de Fato@Fato
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