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Adriana Ancelmo deixa prisão domiciliar para voltar para a cadeia

Ex-primeira-dama deve cumprir a prisão preventiva na cadeia. Foi o que decidiu a maioria da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2)

Adriana Ancelmo (Foto: Da Net)
A ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo deixou nesta quinta-feira (23) o seu apartamento no Leblon, na Zona Sul, onde cumpria prisão domiciliar, para voltar para a cadeia.

Ela foi conduzida por policiais federais para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde está preso seu marido, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Também estão em Benfica os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho - na ala feminina para onde adriana foi mandada - e o presidente licenciado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani.

A decisão de revogar a prisão domiciliar e restabelecer a prisão preventiva na cadeia foi decidida na tarde desta quinta pela maioria da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

Por 3 votos a 2, a Justiça aceitou o pedido de prisão preventiva, feito pelo Ministério Público Federal (MPF), e colocou fim ao benefício da prisão domiciliar. O mandado de prisão foi expedido após a audiência.

O relator Marcello Granado deu o primeiro voto a favor da volta de Adriana à prisão, seguido por Abel Gomes e Paulo Espírito Santo. Simone Schreiber e Ivan Athié, que presidiu a sessão, votaram contra, mas a maioria já estava formada.

Advogado de Adriana Ancelmo, Renato Moraes disse que irá recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Os filhos têm direito, não ela. Por ter um filho de 12 anos, ela tem direito à prisão domiciliar”, explicou.

"A defesa de Adriana Ancelmo, por discordar da decisão por maioria proferida pelo Tribunal Regional Federal, dela recorrerá, por meio de habeas corpus, o mais breve possível, visando a restabelecer a prisão domiciliar, por ser legal, justa e humana a medida", acrescentou a defesa da ex-primeira-dama, em nota.

Para a procuradora-regional da República Monica de Ré, a decisão poderia ter ocorrido antes. “Os advogados protelaram esse julgamento por sete meses para que ela ficasse em casa”, disse. “A família tem irmãos maiores, tem tios, governanta, que cuidam dessas crianças.”

Em abril, o mesmo colegiado havia votado pela prisão preventiva em uma unidade prisional --foram 2 votos a 1. Como não houve unanimidade, o TRF determinou o cumprimento de prisão domiciliar até o julgamento do recurso da defesa, o que ocorreu nesta quinta-feira.

Adriana Ancelmo foi presa em 2016 na Operação Calicute. Em setembro deste ano, ela foi condenada a 18 anos e 3 meses de prisão pelo crime de lavagem dinheiro e por ser beneficiária do esquema de corrupção comandado pelo marido, Sérgio Cabral.

A ex-primeira-dama chegou a passar algumas semanas presa no complexo de Gericinó, mas, com decisão de Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, conseguiu a partir de abril cumprir a pena em prisão domiciliar. Sua saída do sistema prisional ocorreu antes do fim das obras de reforma no presídio de Benfica, na Zona Norte, para onde foram levados Cabral e outros presos da Lava Jato.

Do G1
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