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Conheça o caso do ‘roubo’ da novena de Nossa Senhora por um prefeito paraibano

O acusado pelo ‘roubo’: o então prefeito Hélio Freire. Motivo: campanha eleitoral

Caso aconteceu na cidade de Duas Estradas (Foto: PB Agora)
A politica paraibana tem certos “causos” que merecem destaque, entre eles está o caso  que ocorreu em 2004, quando o povo de Duas Estradas foi surpreendido pelo ‘roubo’ da novena de Nossa Senhora da Igreja do Sagrado Coração de Jesus. O acusado pelo ‘roubo’: o então prefeito Hélio Freire. Motivo: campanha eleitoral.

Católico, Hélio era candidato à reeleição e tinha como adversária a então candidata Maria do Céu Paulino, conhecida como Lala. Devoto de Nossa Senhora, Hélio frequentava as novenas de maio e rezava o terço. Estava o prefeito na pregação religiosa dentro da Igreja do Sagrado Coração de Jesus.

O padre Vandilson Paulino, que conduzia o ato religioso, começou a falar em política e recomendou voto na candidata Maria do Céu, que também estava presente. Irritado, Hélio Freire abandonou a Igreja e decidiu se vingar do padre Vandilson. Comunicou à sociedade que, a partir do dia seguinte, as novenas seriam em sua casa.

Montou o cenário, convidou os vizinhos, providenciou a imagem de Nossa Senhora, improvisou um altar, mandou vestir crianças de anjos e preparou um lanche para ser servido após a novena. O padre não sabia de nada. Ouviu apenas o zun zun zun na cidade, mas não deu importância, porque católico que se preza jamais trocaria a novena na igreja pela celebração na casa de um político.

Mas foi o que aconteceu. À noite, a Igreja abriu para a novena. Chegou a hora marcada e o templo estava vazio. Nossa Senhora estava sozinha com o padre. E o povo? Na casa do prefeito cantando louvores a Maria. “Louvando a Maria, o povo fiel. A voz repetia de São Gabriel. Ave, Ave, Ave Maria...” e “A 13 de maio na cova da Iria, no céu aparece a Virgem Maria. Ave, Ave, Ave Maria”

O ‘roubo’ da novena provocou o pecado capital da ira no padre, que não contou conversa, excomungou o prefeito. Ou seja: proibiu Hélio Freire de entrar na Igreja e de participar das atividades religiosas do catolicismo. E, como nos tempos da Idade Média européia, colou o decreto de excomunhão na porta principal da Igreja. Excomunhão, segundo o dicionário online de Português, é uma “penalidade religiosa que se efetiva com a expulsão de uma pessoa do convívio religioso ou da própria igreja”. “Na época, o padre tomou partido em favor da candidata Lala”, lembrou Hélio Freire, frisando que o sacerdote elogiou sua adversária e teria dito o seguinte: “Ninguém pode deixar de acompanhar Lala. Ela é uma pessoa boa, da Igreja”.

Hélio ouviu aquela recomendação e ficou raivoso e decepcionado. “Fiquei com raiva, porque a Igreja não é lugar para se fazer política. Então, resolvi celebrar o terço, do dia seguinte em diante, em minha residência. A Igreja ficou vazia, só com o padre e Lala”, lembrou Hélio Freire.

Redação do PB Agora
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