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OPINIÃO! Ikeda "bate duro" em agente político de GBA que diz praticar nova política

Nova política, não. Política da conveniência

Joseilton Gomes-Ikeda (Foto: Da Net)
Há um bloco político em Guarabira (PB), que, aliado ao Governo do Estado, insiste e tenta, a todo custo, convencer a opinião pública guarabirense da existência de uma ‘nova política’ no município. Até o momento, porém, a população não se convenceu de que isso seja verdade. Eu também não acredito. É que, geralmente, as práticas do seu líder são as mesmas ou até piores que os “vícios” daqueles que a própria liderança tanto critica e quer ‘derrubar’.

Uma breve consideração: se você observar, com atenção, vai ver que “o chefe da tribo” é ‘cria’ da velha política Toscana, à qual, por anos, serviu e colaborou para a manutenção de um desses grupos no poder local. É verdade: Paulino e Toscano se alternam. Mas porque tiveram e têm votos! Porque o povo quis assim! Nem sempre foi por falta de opção. E eles não foram eleitos na ‘marra’, foi através do voto!

Da mesma forma, os atuais ‘comandados’ do “pregoeiro da ‘nova política’” são, em sua maioria, crias ‘viciadas’ da ‘velha política’ (ganharam expressividade em uma ou nas duas ‘escolas políticas’ da cidade). Também são de famílias tradicionais, influentes, que sempre se valeram às esferas do poder: estadual e municipal. Portanto, não há novidade no meio desse ‘jardim’ - salvo para quem acredita em Papai Noel.

Em consideráveis espaços na imprensa local, quem sabe até sob barganha, a liderança dessa ‘nova política’ tem articulado e concedido entrevistas recorrentes, nas quais, quase sempre, repete o mesmo texto: talvez, na ânsia de convencer e “controlar” a mente do eleitor - como já ocorre com seus seguidores, suponho -, e, por conseguinte, ‘programá-lo’ como lhe convém para reproduzir, compartilhar seu discurso nas redes sociais e garantir resultado no dia da eleição. 

Querido leitor, existe apenas um modelo político vigente em Guarabira. Nova ou velha, a política é uma só por aqui. E apesar das críticas, Paulino e Toscano têm a ficha limpa, fizeram muito pela cidade e são honrados dentro e fora do Poder. O que faz diferença entre todos, nesse contexto político, é a coerência no discurso e nas posições que cada um toma. Além da coerência existe a tal conveniência – são coisas distintas. A conveniência é mais usual.

Em recente entrevista no rádio, o líder da “nova política” mais uma vez só comentou o que lhe fora conveniente. Ele detonou, com razão (!), o aumento de 55% na contratação de prestadores de serviço pela Prefeitura de Guarabira em 2018, conforme o Sagres. Mas fechou o bico sobre a gastança de R$ 1,3 milhão na feira por parte da Granja Santana, residência do governador, nos últimos 13 meses - destaque de repercussão no mesmo dia da entrevista.

Faltou coerência e sobrou conveniência. Coerente seria se, ao invés de buscar diminuir as duas forças políticas do município, aquele que se define como o ‘novo’ – embora eu não duvide da existência de “indulgências fisiologistas” em seu favor – tivesse puxado assunto e tentado comentar e justificar a inconcebível gastança do Governo que ele defende, como também a ‘surra de impostos’ que o governador RC tem dado no contribuinte. Isso, sim, seria algo novo.

Veja, por exemplo:

ICMS na energia elétrica que passou de 15% para até 27%;

ICMS dos serviços de TV por assinatura de 10% para 15%, do cigarro e fumo de 25% para 35%;

ICMS nas operações de comunicação de 25% para 28%, o imposto sobre transmissão causa mortis e doação - o ITCD- 2% para até 8%;

ICMS nas operações e prestações internas e na importação de bens e mercadorias de 17% para 18%;

Os reajustes continuaram com o aumento do ICMS nas operações com gasolina de 25% para 27% + 2% do Funcep, totalizando 29%;

O IPVA de 2% para 2,5% e ainda com a ampliação da lista de produtos/bens passiveis de retenção do ICMS e que constituem receita do fundo de combate e erradicação da pobreza (2%);

A conta de água foi majorada em 132%;

A energia na Paraíba é mais cara do que em Pernambuco e do que no Rio Grande do Norte;

Comprar um veículo aqui na Paraíba é mais caro do que comprar no Rio Grande do Norte, porque o IPVA foi majorado;

O Imposto de Transmissão de Causa Mortis e de Herança foi majorado em 100%; (com informações do Correio da Paraíba)

De qualquer forma, ainda há quem seja conivente com os altos impostos que massacram, sobretudo, os mais pobres na Paraíba; e quem se cala por conveniência política - reproduzindo velhas atitudes e discursos vazios de propostas e ideias -, e mesmo assim recebe aplausos de ‘bajuladores’, como as vezes acontece com personagens da tão criticada ‘velha política’. 
Quanta semelhança heim! Não dá para brincar com a inteligência do povo. 

Não há 'nova política' em Guarabira como andam dizendo por ai. Há, sim, um bloco novo, formado por dissidentes, que ainda se beneficia da velha política da conveniência. E dificilmente isso vai mudar, porque ainda 'faz parte do jogo'.

Por Joseilton Gomes-Ikeda (jornalista, editor do Caderno de Matérias)
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