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Jovem de 18 anos mata 19 pessoas em escola técnica na Crimeia

Segundo autoridades russas, aluno atacou colegas com fuzil e se matou em seguida

Aluno teria assassinado 19 pessoas e atirado uma bomba no interior da escola (Foto: Da Net)
Ao menos 19 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um centro de ensino profissionalizante da Crimeia, em um ataque promovido por um estudante, que disparou em colegas antes de suicidar, informaram autoridades russas.

Uma bomba também pode ter sido detonada no ataque, embora haja relatos conflitantes. Agentes do esquadrão antibombas russo afirmaram que desarmaram artefatos explosivos na escola.

O suspeito, Vladislav Roslyakov, de 18 anos, é um aluno do segundo ano do estabelecimento. Ele chegou ao lugar, na cidade portuária de Querche, com uma arma de fogo e começou a atirar, disseram os investigadores. Seu corpo foi posteriormente encontrado na biblioteca, com indícios de suicídio, acrescentaram.

O ataque remete a casos semelhantes nos EUA, como o da escola Columbine, em 1999, e o da universidade Virginia Tech, em 2007. Segundo o “Guardian”, estes ataques são raros na Rússia, em parte devido à dificuldade de acesso a fuzis, revólveres e pistolas.

Até o momento, não foi informado como o assassino obteve o fuzil do ataque, tampouco se procurou de algum modo justificar a própria ação.

A Rússia anexou a Crimeia, separando-a da Ucrânia, em 2014, o que motivou condenações e sanções no exterior. Desde então, não tinham acontecido atos de violência de tal magnitude na região.

Autoridades de Moscou, entretanto, receiam a possibilidade de ataques terroristas na área, o que deve motivar uma investigação profunda. Mas, até o momento, não está sendo investigado como uma ação terrorista.

Muitas das vítimas eram adolescentes. Alunos e funcionários do instituto relataram que o caos começou com uma explosão, seguida de outros barulhos e de uma rajada de tiros.

Em Sochi, onde estava em reunião com o presidente egípcio, o líder russo, Vladimir Putin, decretou luto pelas vítimas e disse que realizaria uma cuidadosa investigação do ataque.

— Isto é claramente um crime — afirmou, segundo a Reuters. — Os motivos serão cuidadosamente investigados.

A diretora do centro de ensino, Olga Grebennikova, descreveu a cena que presenciou:

— Foi um verdadeiro ato de terrorismo. Há muitos corpos, corpos de crianças — disse ela.  — As pessoas que estavam lá foram mortas. Crianças e funcionários foram mortos.

O incidente foi inicialmente classificado por seus investigadores como um ato terrorista, mas, em seguida, passou a ser visto como um assassinato em massa. No começo do dia, a imprensa russa disse que teria sido uma explosão provocada por gás.

Em um atentado em abril de 2017 , um cidadão russo naturalizado, originalmente do Quirguistão, matou a si mesmo e outras 15 pessoas com uma explosão no metrô em São Petesburgo, no último massacre de civis na Rússia.

Moscou prometeu assistência médica aos feridos e financeira às famílias dos mortos. O governo também enviou 12 médicos à Crimeia e prometeu transportar as vítimas para serem tratadas em hospitais de Moscou. O comitê nacional antiterrorista russo também citou um "artefato explosivo não identificado".

As Forças Armadas russas, citadas pelas agências de notícias, anunciaram o envio de 200 militares. A imprensa local exibiu imagens de blindados e soldados nos arredores de Querche.

De O Globo
Em 18.10.18, às 01h43
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