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10 mil pessoas protestam na Hungria contra o governo Orbán

É o quarto dia de manifestações contra o governo, que aprovou na quarta (12) mudanças nas leis trabalhistas no país, que críticos consideraram como "lei da escravidão"

Manifestantes marcham contra o governo sob as decorações de Natal no centro de Budapeste, Hungria, no domingo, 16 (Foto: Balazs Mohai/MTI via AP)
Cerca de 10 mil húngaros protestaram em Budapeste neste domingo (16) contra uma nova lei trabalhista e contra o que veem como um governo crescentemente autoritário do primeiro-ministro de direita Viktor Orbán. As informações são da agência de notícias Reuters.

A manifestação neste domingo, chamada de "Feliz Natal Sr. Primeiro Ministro" pelos organizadores, foi o quarto e maior movimento organizado em uma semana por partidos esquerdistas de oposição, grupos de estudantes e civis contra o governo de Orbán. Sindicatos também se juntaram ao protesto.

Os manifestantes carregavam bandeiras da Hungria e da União Europeia conforme caminhavam pela histórica Praça dos Herois rumo ao parlamento mesmo sob o frio do inverno.

Eles carregavam faixas com mensagens como "Não roube" e "Justiça independente!". A multidão somava cerca de 10 mil pessoas quando chegou ao parlamento.

"A insatisfação está crescendo", disse Andi, 26, uma estudante de sociologia que não quis revelar seu nome completo. "Eles aprovaram duas leis nesta semana que não atendem aos interesses do povo húngaro."

A nova lei trabalhista permite que empregadores exijam até 400 horas-extras por ano, levando críticos a classificá-la como "lei da escravidão".

O governo também aprovou uma lei para estabelecer novos tribunais administrativos que responderão ao governo e cuidarão de temas sensíveis como a lei eleitoral, protestos e acusações de corrupção.

"Esse governo ignora a nós, trabalhadores", disse Tamas Szekely, vice-chefe da Associação dos Sindicatos Húngaros, em um discurso. "Nós devemos levantar nossas vozes e dar uma resposta."

Do G1
Em 16.12.18, às 18h40
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