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Universitária e diretor do CH da UEPB em GBA recebem voz de prisão por frase de Oiticica; Veja vídeo

Em Guarabira, desde a última quarta-feira (25), foi realizado o 2º Simpósio de Gênero, Sexualidade e Educação

Liliane Maria (Foto: Portal Mídia)
A estudante Liliane Maria, do Curso de Letras da Universidade Estadual da Paraíba Campus III, em Guarabira, no brejo paraibano, recebeu voz de prisão na tarde desta sexta-feira (27) por causa de uma frase que escreveu no mural da instituição de ensino. “Seja marginal, seja herói”, de Hélio Oiticica sintetizou uma série de trabalhos que ficaram conhecidos como marginália na década de 60, mas irritou profundamente um policial do 4° Batalhão da Polícia Militar que quis prendê-la assim como ao diretor do Centro de Humanidades (CH), professor Waldeci Ferreira Chagas. A acusação contra ambos foi de apologia ao crime a dano ao patrimônio público.

A direção do Campus esclareceu que a aluna estava apenas fazendo uso do direito de se expressar ao reescrever uma frase que fazia referência às minorias, a qual tinha sido escrita por outros alunos e apagada pelo policial. No Campus III, há um pequeno espaço, além de alguns murais, destinado à livre expressão de opinião e manifestação cultural e artística. O espaço atende a uma reivindicação e conquista da comunidade acadêmica do Centro de Humanidades.

"A frase é um protesto e todas as minorias sociais devem se posicionar e lutar pelo seus direitos. Ele [o policial] tinha apagado a frase de manhã e à tarde eu escrevi de novo e ele me deu voz de prisão, sem mandado e sem motivo algum. O espaço em que escrevi foi uma conquista durante a ocupação do campus e o policial nos desrespeitou e como a direção do campus disse que não iria apagar a frase porque o espaço era para a expressão livre, resolveu ele mesmo apagar. Quando ele me abordou, eu disse que tinha autorização para escrever e talvez ele não tenha me dado ouvidos por eu ser mulher e negra. Como ele não me ouviu, eu chamei o diretor do Centro, chamei a palestrante Mariana Ganzarolli e ela interviu ao meu favor. Os estudantes que estavam assistindo à palestra também vieram ao meu socorro. Eu fui agredida fisicamente, assim como ao diretor do centro. Ele apertou nossos pulsos e quanto mais pedíamos para ele largar, mais ele apertava", disse Liliane.

Em Guarabira, desde a última quarta-feira (25), foi realizado o 2º Simpósio de Gênero, Sexualidade e Educação. Durante o evento, muitos alunos usaram um mural para manifestar suas ideias em relação à temática do evento. As prisões da estudante e do diretor de Centro não foram efetivadas porque estudantes, professores e muitos participantes do evento impediram a arbitrariedade do policial, que é ex-professor substituto do Curso de Direito do CH.

Compreendendo a universidade como um lugar democrático, o diretor do CH encaminhou ofício ao comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar solicitando que investigue o caso e tome as devidas providências.

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