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Temer determina demissão de general que o acusou de ‘balcão de negócios’

Em evento, general Mourão elogiou a pré-candidatura presidencial Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e defendeu a intervenção militar

General Mourão (Foto: Da Net)
O presidente Michel Temer (PMDB) vai exonerar o general Antonio Hamilton Mourão do cargo que ocupa no Comando do Exército depois que ele afirmou que o peemedebista promoveu um “balcão de negócios” para se manter no poder. A demissão foi confirmada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Mourão, que é secretário de Economia e Finanças do Exército, vai ficar sem função à espera do tempo de ir para reserva, em março de 2018. Para o lugar dele, o comandante Eduardo Villas Bôas indicou o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira.

Em palestra a convite do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), no Clube do Exército, em Brasília, na quinta-feira, 7, o general Mourão elogiou a pré-candidatura presidencial do deputado e capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSC-RJ), defendeu a intervenção militar e criticou Temer.

“Não há dúvida de que atualmente nós estamos vivendo a famosa ‘sarneyzação’ [em referência ao ex-presidente José Sarney]. O nosso atual presidente vai aos trancos e barrancos buscando se equilibrar e mediante o balcão de negócios chegar ao final de seu mandato”, disse o general.

Não é a primeira vez que o militar defende a ruptura institucional como solução para a crise política do país. Em setembro, Mourão falou três vezes em intervenção militar enquanto proferia uma palestra na Loja Maçônica Grande Oriente, também em Brasília: “Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso.”

Apesar da repercussão negativa, o ministro da Defesa e o comandante do Exército acertaram à época que não haveria punição ao oficial. No governo Dilma Rousseff (PT), ele fez críticas à então presidente e perdeu o comando direto sobre tropas da Região Sul, passando a ocupar o cargo atual, tido como de menor importância na estrutura da pasta.

De Veja Online
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