Polícia investiga rede de pedofilia em caso da mãe que estuprou filho
A polícia já tem a identificação do homem, que mora no estado de São Paulo, mas o nome não será divulgado
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Polícia investiga o caso (Foto: Da Net) |
A Polícia Civil está investigando se existe uma rede interestadual de pedofilia envolvida no caso da mulher de 19 anos que estuprou o próprio filho, de apenas 4 anos de idade na cidade de Areia, no Brejo paraibano, distante 136 quilômetros de João Pessoa. O caso veio à tona nessa segunda-feira (23) porque um morador reconheceu os envolvidos e comunicou o fato ao Conselho Tutelar da cidade. O abuso aconteceu quando a criança ainda tinha 3 anos.
A suspeita do envolvimento de uma rede de pedofilia é uma das linhas de investigação justamente porque a mãe do menino confessou que filmava os abusos e enviava dos vídeos para um suposto namorado que ela teria conhecido na internet. As imagens mostram a mulher praticando atos libidinosos com o filho.
A polícia já tem a identificação do homem, que mora no estado de São Paulo, mas o nome não será divulgado, por enquanto, para não atrapalhar as investigações.
A suspeita, identificada como Fernanda Soares da Silva, foi presa nessa terça-feira (24) e confessou o crime para a delegada Simone Rosemberg, alegando que fez o vídeo a pedido de um homem que conheceu na internet.
No depoimento, a acusada disse que foi vítima de chantagem, para gravar outras imagens. “Em outro momento ela disse que essa foi a única vez que abusou do filho, mas há suspeita de que não tenha sido um fato isolado, o que vamos investigar. Já o homem será investigado para apurar se ele está envolvido em uma rede de pedofilia”, destacou a delegada.
Fernanda não tinha passagem pela polícia e foi indiciada pelo crime de estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de prisão. A criança foi levada para fazer exames no Instituto de Polícia Científica de Campina Grande (IPC/CG), embora o vídeo já seja uma prova válida da prática do crime, para a instrução do processo.
Casos
A Paraíba registrou 2.604 violações de direitos contra crianças e adolescentes no período de janeiro a maio deste ano, conforme dados da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH). Deste total, foram contabilizados 452 casos de abuso sexual, o que corresponde a 17% das violações.
Em todo o estado, Campina Grande foi a cidade que apresentou o maior número de violações de direitos contra crianças e adolescentes, com 359 ocorrências. Já Capital registrou 102 violações, ocupando o quarto lugar. Os dados, contudo, não retratam a realidade, uma vez que, por medo ou vergonha, são poucas as vítimas que denunciam.
Por Ricardo Júnior, do Jornal Correio da Paraíba
25 de julho de 2018, às 12h12
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