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Passar roupa se torna negócio lucrativo na PB

A pesquisa ainda mostrou que em 2015 a taxa de empreendedorismo no Brasil foi 39,3%, a maior desde 2002

Loja de Gleyce, localizada no bairro dos Bancários, em João Pessoa (Foto: MaisPB)
Desde quando era pequena Gleyce já sabia o que queria da vida: empreender. Por isso mesmo, não demorou em colocar seus planos em prática. Começou vendendo dindin em Barra de Santa Rosa e até abriu uma sorveteria. Hoje, é dona de uma franquia de passar roupas em João Pessoa e continua vendo o empreendedorismo como sua melhor escolha.

A empresária não é a única. Uma pesquisa feita em 2015 pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e patrocinada no Brasil pelo Sebrae mostrou que de cada 10 brasileiros, 4 são empreendedores ou estão envolvidos com algum tipo de negócio, direta ou indiretamente.

A pesquisa ainda mostrou que em 2015 a taxa de empreendedorismo no Brasil foi 39,3%, a maior desde 2002.

Gleyce não é paraibana, mas desde os 13 anos veio para a Paraíba e continua sem previsão de voltar para São Paulo, sua terra natal. Aqui foi onde começou a colocar em prática sua vontade de inovar e ter uma carreira autônoma.

Foi quando ela saiu de Barra de Santa Rosa e se mudou para João Pessoa, capital do estado. Começou a cursar administração em uma universidade privada e traçar planos para o futuro. Enquanto cursava administração Gleyce chegou a trabalhar como motorista de empresas de transporte por aplicativo, na Uber. Ao se formar, procurou arriscar mais e tentou algo inovador.

Atualmente Gleyce é dona da única franquia na Paraíba de empresa de passar roupas. Por aqui, o serviço especializado é novidade, mas ela vê cenário como de oportunidade. “A realidade na Paraíba é outra, mas tento adaptar a franquia de acordo com as necessidades dos clientes daqui”, conta ela.

Passar roupa não é a atividade preferida de muita gente. Somando isso com uma rotina cheia, terceirizar o serviço começa a ser considerado. Foi o que Gleyce enxergou como ‘mercado aberto’.

“Passar roupa é uma necessidade, e o serviço acaba sendo de utilidade pública. Em João Pessoa as pessoas têm uma vida muito ativa, gostam muito de passear e não sobre tempo pra passar roupa”, pontuou.

Segundo a empresária, os benefícios de empreender são muitos. “Sou mãe, levo e busco meus filhos da escola, levo para médico. Quem empreende é seu próprio chefe, é mais maleável nos horários”, analisa.

As dificuldades aparecem na mesma proporção. Gleyce conta que o trabalho do empreendedor é muito maior do que um empregado, além da jornada extensiva e impostos altos. A necessidade de sempre inovar também precisa ser uma preocupação para quem pensa em se destacar.

“O empreendedor fecha as portas ao final do expediente e começa a pensar no que pode melhorar”, explica.

Gleyce aconselha quem pretende trabalhar por conta própria a pesquisar o mercado antes de empreender. Essa pesquisa, segundo ela, é fundamental e fácil de ser feita . “Começa a perguntar às pessoas se elas têm interesse no que você pretende ofertar, qual preço elas estão dispostas a pagar”, aconselha.

Pelo visto, o planejamento da empreendedora deu certo. Com um mês e meio de franquia, os resultados têm superado as expectativas e o número de clientes conquistado é 3x maior do que o esperado.

Além da franquia, a empresária ainda roda como motorista de Uber e busca empreender ainda mais. Os planos para o futuro englobam uma expansão da franquia na Paraíba e até uma sociedade com uma esmalteria.

“Empreendedorismo para mim é a realização de um sonho. Você pode se tornar empreendedor, mas isso tem que vir de uma motivação lá de dentro, que te faz acreditar em um sonho e batalhar para a realização dele”, analisa.

Por Caroline Queiroz – MaisPB
Publicada em 12/08/18, às 21h30
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