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Bolsonaro ataca países socialistas e exalta os EUA durante Assembleia na ONU

Na abertura do discurso, Bolsonaro exaltou o golpe e 1964

Bolsonaro fala em Assembleia da ONU (Foto: Da Net)
O presidente Jair Bolsonaro, durante discurso na manhã desta terça-feira (24) na Assembleia Geral das Nações Unidas, protagonizou um momento constrangedor para a história diplomática do Brasil. Em seu discurso, ele atacou médicos cubanos, exaltou a ditadura militar no Brasil, atacou lideranças indígenas, como o cacique Raoni, e exaltou os Estados Unidos com aliança diplomática.

Na abertura do discurso, Bolsonaro exaltou o golpe e 1964.  “[Os comunistas] tentaram mudar o regime, mas foram derrotados. Vencemos aquela guerra e resguardamos a nossa liberdade”, afirmou.

Segundo ele, a “ditadura cubana” trouxe ao nosso país “médicos sem comprovação médica”. “Verdadeiro trabalho escravo. Respaldado por entidades de direitos humanos”, disse. “Acordo entre PT e governo cubano trouxe médicos sem comprovação ao Brasil.”

Bolsonaro afirmou ainda que a “ideologia (de esquerda) invadiu a alma humana e deixou um rastro de miséria por onde passou. Fui esfaqueado por militante de esquerda. A ONU pode ajudar na derrota ao ambiente ideológico”, disse. “A ideologia invadiu nossos lares contra nossas famílias e tenta destruir a inocência de nossas crianças. O politicamente correto domina o debate público”, complementou.

Ele também atacou a Venezuela e disse que o Brasil “sente os impactos da ditadura venezuelana e que o socialismo alcançou o seu objetivo no país”.

“Trabalhamos com os EUA para a democracia ser restabelecida na Venezuela e para outros países não experimentem este nefasto regime”, disse.

“Presidente socialistas que me antecederam desviaram dinheiro para um projeto de poder”, afirmou. “Também deram recursos para outros países para projetos semelhantes em toda a região. A fonte de recursos secou”.

Bolsonaro defendeu o “livre mercado”. Abertura é um dos objetivos imediatos do governo que busca relação com Índia e China. “Estamos abrindo a economia e nos integrando à cadeias globais de valor”, acrescentou. 

Amazônia e pauta indígena

Ao falar sobre a Amazônia, Bolsonaro atacou “países com espírito colonialista”, em referência às críticas de nações europeias. “Clima seco favorece queimadas. Existem queimadas praticadas por índios”, complementou.

“A visão de um líder indígena não representa a visão de todos os índios brasileiros. Algumas pessoas de dentro e de fora apoiada por ONGs querem nossos índios como homens das cavernas”, continuou.

De acordo com ele, a imprensa cobre o desmatamento com “falácias” e de “forma desrespeitosa”. Bolsonaro criticou o que chamou de “ambientalismo radical e indigenismo ultrapassado”, que, segundo ele, representam o “atraso”.

“Temos tolerância zero para criminalidade, incluindo crimes ambientais. Qualquer iniciativa de ajuda ou apoio deve ser tratado em pleno respeito à soberania brasileira. Rechaçados a tentativa de instrumentalizar a questão ambiental em prol de interesses políticos externos”. 

O jornalista George Marques afirma que o “discurso de Bolsonaro de cabo a rabo tem viés ideológico”. “Ataca Cuba, Venezuela, o socialismo. Não acrescentou nenhuma palavra de união ou conciliatória, apenas a divisão. Ainda saudou a ditadura e o golpe militar que marcou a história brasileira. Que vergonha para o Brasil”.

Bolsonaro atacou o líder indígena Raoni Metuktire. “Muitas vezes essas lideranças, como Raoni, são usados como ferramenta de manobra para conduzir seus interesses sobre a Amazônia”, disse.

O ocupante do Planalto bajulou Israel. “Agradeço Israel pelo apoio nos recentes desastres ocorridos em meu país”.

Terrorismo

Em seu discurso, Bolsonaro também afirmou que “terroristas não vão mais encontrar refúgio no Brasil”. “O terrorista Cesare Battisti foi extraditado para a Itália no meu governo, assim como outros três terroristas.”

Do Wscom
Publicada por F@F em 24.09.19, às 13h09
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