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Mourão qualifica manifestantes antifascistas como baderneiros: "caso de polícia"

O general vai mais longe em seu argumento e ameaça também forças políticas que segundo ele querem fazer os manifestantes de “arma política”

General Mourão, vice-presidente da República (Foto: Google)
Recorrendo a velho truque de retórica da direita, o general Mourão escreve que as manifestações ocorridas no Brasil são "umbilicalmente" ligadas ao "extremismo internacional"

“A apresentação das últimas manifestações contrárias ao governo como democráticas constitui um abuso, por ferirem, literalmente, pessoas e o patrimônio público e privado, todos protegidos pela democracia”. Foi assim que o vice-presidente da República general Hamilton Mourão iniciou o seu artigo no jornal O Estado de São Paulo, afirmando que as manifestações do último final de semana começaram pacíficas e que os atos de violência foram isolados, sendo provocados pelas forças policiais.

Recorrendo a velho truque de retórica da direita, o general Mourão escreve que as manifestações ocorridas no Brasil são “umbilicalmente” ligadas ao “extremismo internacional”.

Batendo na tecla de que os manifestantes são baderneiros, o general os ameaça com repressão: “Baderneiros são caso de polícia, não de política”.

O general vai mais longe em seu argumento e ameaça também forças políticas que segundo ele querem fazer os manifestantes de “arma política”. “Dirijo-me aos que os usam, querendo fazê-los de arma política; aos que, por suas posições na sociedade, detêm responsabilidades institucionais”.

“É lícito usar crimes para defender a democracia? Qual ameaça às instituições no Brasil autoriza a ruptura da ordem legal e social? Por acaso se supõe que assim será feito algum tipo de justiça?” – questiona o general Mourão

O vice-presidente da República, por outro lado, chama de “exageros retóricos” “impensadamente lançados” as manifestações da extrema direita bolsonarista contra as instituições democráticas e o Estado democrático de direito.  E faz novas acusações: “A prosseguir a insensatez, poderá haver quem pense estar ocorrendo uma extrapolação das declarações do presidente da República ou de seus apoiadores para justificar ataques à institucionalidade do País.

Finalmente, na tentativa de afirmar que o Brasil sob o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, o general Mourão não acha razoável “comparar o regime político que se encerrou há mais de 35 anos com o momento que vivemos no País”.

Do Brasil 247
Publicada por F@F em 03.06.2020, às 17h08
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