Policial assassina esposa e se mata às margens de rodovia
Testemunhas informaram aos militares que viram Cassiana saindo do carro caminhando pelo acostamento, quando, logo em seguida, o soldado a perseguiu e atirou contra ela. Na sequência, André Luis se matou com um tiro
Cassiana Almeida foi morta pelo marido, segundo a PM (Cassiana Almeida/Arquivo Pessoal + Reprodução/Redes sociais) |
O soldado André Luis da Cunha era lotado na unidade da Polícia Militar em Pedra doIndaiá e ontem trabalhou normalmente. Conforme a corporação, ele viajava em um Fiat Palio com a esposa Cassiana Almeida em direção a Mateus Leme, município da região metropolitana de Belo Horizonte onde ela possuía residência.
Quando estava próximo do destino, o casal estacionou o veículo às margens da rodovia na altura do km 93, em Itaúna. Testemunhas informaram aos militares que viram Cassiana saindo do carro caminhando pelo acostamento, quando, logo em seguida, o soldado a perseguiu e atirou contra ela. Na sequência, André Luis se matou com um tiro.
A rodovia ficou interditada durante os trabalhos das autoridades. Os corpos foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal) de Divinópolis. Já o carro, que era de propriedade de Cassiana, foi encaminhado ao pátio da companhia da PM também em Divinópolis.
Violência contra mulher
Especialistas ouvidas pelo BHAZ em outras reportagens envolvendo violência contra mulher são unânimes ao afirmar que é essencial que a vítima procure ajuda. Na capital mineira, além da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, existem ao menos outras três instituições que atendem esse público: Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher), da Defensoria Pública; Casa Benvinda, da Prefeitura de Belo Horizonte; e Casa de Referência Tina Martins, do chamado terceiro setor, sem vínculo governamental. Além disso, existe também o aplicativo MG Mulher, do governo de Minas (veja aqui).
“É muito importante que a vítima procure o profissional de sua confiança: advogado ou defensoria pública, órgãos de proteção… Para que aquilo não exploda de vez. Vai sofrendo, vai sofrendo ameaça, pressão psicológica, são agredidas moral e psicologicamente dentro de casa. Vai aguentando por causa dos filhos… Na hora que algo explode, pode até mesmo ser fatal”, orienta a conselheira seccional da OAB Minas, Camila Félix, também professora de Direito Penal e advogada.
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