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Hugo Motta pressiona governo Lula sobre decreto do IOF

Caso o governo não apresente uma solução que satisfaça o Legislativo, líderes da Câmara e do Senado sinalizam que poderão votar pela revogação do aumento do IOF

Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
João Pessoa (PB) - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), estabeleceu um prazo de 10 dias para que a equipe econômica do governo Lula apresente uma proposta alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), decretado na semana passada. O parlamentar informou que o clima entre os deputados é de insatisfação generalizada com a medida, e alertou para a possibilidade de o Congresso revogar o decreto.

“Reforcei a insatisfação geral dos deputados com a proposta de aumento de imposto do governo federal. E relatei que o clima é para derrubada do decreto do IOF na Câmara”, publicou Motta na rede social X. “Combinamos que a equipe econômica tem 10 dias para apresentar um plano alternativo ao aumento do IOF. Algo que seja duradouro, consistente e que evite as gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação, prejudicando o país”, completou.

As declarações foram feitas após reunião na noite desta quarta-feira (28) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Também participaram do encontro o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e líderes partidários das duas Casas Legislativas.

Segundo Motta, a pressão dos parlamentares reflete a insatisfação da base governista com a forma como o decreto foi editado. Ele reforçou que a alternativa exigida deve ser estrutural e não apenas uma forma de elevar receitas no curto prazo.

Após a reunião, Fernando Haddad afirmou que apresentou os motivos técnicos para a elevação do IOF e detalhou os impactos de uma eventual revogação do decreto. “Eu fui chamado a falar sobre a necessidade da medida e as consequências de sua eventual revogação, explicamos exatamente no que consistiu o anúncio da semana passada”, disse. O ministro argumentou que o governo buscou equilibrar o corte de despesas com um ajuste na arrecadação, dentro das metas fiscais aprovadas pelo Congresso.

O tema seguirá em debate nos próximos dias. Caso o governo não apresente uma solução que satisfaça o Legislativo, líderes da Câmara e do Senado sinalizam que poderão votar pela revogação do aumento do IOF.

Fonte: Wscom
Em 29.05.2025
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