Cida cobra responsabilidade das construtoras sobre espigões em JP
A parlamentar afirmou que a Assembleia Legislativa da Paraíba “não pode ter meio-termo” nessa discussão
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Deputada Cida Ramos, PT (Foto: Divulgação/Assessoria) |
A Lei do Gabarito estabelece as regras para edificações em uma faixa de 500 metros a partir da Orla de João Pessoa. O sistema de limitação de alturas inicia com 12,90 metros na primeira faixa, podendo chegar a 35 metros no limite da última faixa. Toda a região abrangida por esta regulamentação é considerada "patrimônio ambiental, cultural, paisagístico, histórico e ecológico" do estado.
Cida Ramos enfatizou que a ALPB teve um papel fundamental para impedir que o projeto de engorda das praias de João Pessoa fosse adiante. "Essa Assembleia há um período muito curto, nós discutimos aqui, impedimos que nós tivéssemos a engorda da praia e evitamos uma catástrofe ambiental grande. Foi graças à Assembleia Legislativa, que teve um papel fundamental”, disse a parlamentar.
A parlamentar afirmou que o seu mandato de deputada estadual tem compromisso não só com a Orla de João Pessoa, como também com o meio ambiente, os rios e questões que envolvem a forma como estão sendo implantadas as energias renováveis na Paraíba.
Responsabilidade das construtoras
"Os espigões não são erros que as construtoras inocentemente cometeram. As construtoras, elas produzem, geram emprego? Geram. A gente quer que elas existam na Paraíba? Sim. Mas ela respeite a lei, como ela exige que todo cidadão e cidadã respeite a lei”, afirmou Cida Ramos
“Espigão” é um termo para um prédio considerado muito alto para o seu entorno. A crítica da deputada é que essas construções não são "erros inocentes", ou seja, há quem se beneficie desse tipo de construção.
"Bancos não querem financiar? Cadê os bancos para exigirem o cumprimento da Constituição? Cadê o poder público? Quem cometeu o crime, seja quem for. O poder público, diretor, quem for precisa ser responsabilizado”, afirmou a deputada, e questionou a postura das empresas: "E tem mais, construtora já deveria ter proposto esse grupo de trabalho, ter chegado. Se tem tanta boa vontade e inocência, por que não chegou para o poder público e colocou ‘isso está ocorrendo, está se passando do limite que a Constituição determina?”, indagou Cida Ramos.
A parlamentar afirmou que a Assembleia Legislativa da Paraíba “não pode ter meio-termo” nessa discussão. "Ou é de um lado, ou é contra a legislação. E o que nós queremos é a defesa da legislação. O que eu defendo aqui é que a Assembleia Legislativa defenda a Constituição. Ela cumpra com o papel dela, porque o povo paraibano confiou a nós essa tarefa. Não é só questão de vidas e de meio ambiente, é uma questão de soberania do nosso território”, finalizou Cida Ramos.
Fonte: Assessoria
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