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COLUNA A. SANTOS! Colunista diz como RC "venceu" adversários na eleição passada

Vitória maiúscula e de “lapada”

Caríssimo (internauta) leitor;

Demorei um pouco, mas, pelo dever de ofício, registro a maiúscula vitória do governador Ricardo Coutinho sobre seus principais adversários políticos. Foi, sem sombras de dúvidas, uma “lapada”, como “profetizou” o Mago, mesmo antes de a campanha iniciar oficialmente no guia eleitoral e nas ruas da Paraíba.

É claro que se tratou de uma eleição atípica. Nem o próprio governador tinha certeza absoluta que “seu candidato” venceria no primeiro turno e com uma diferença de mais de 600 mil votos para o segundo colocado. A vitória de João Azevêdo, por exemplo, foi tão acachapante que superou as duas de Ricardo Coutinho, tanto a de 2010 quanto em 2014. 

Editor de Fato a Fato, Antonio Santos (Foto: Da Net)
Mesmo o Estado passando por problemas de toda ordem, inclusive sem o governador ter a capacidade de resolvê-los, a exemplo de altíssimo índices de criminalidade, total falta de segurança, fechamento de mais de 200 escolas, perseguição à UEPB e sua autonomia administrativa, os escândalos da Granja Santana, a Paraíba tendo a mais elevada taxa tributária do País, hospitais fechados e sem médicos, desvalorização do servidor público,  além dos vários processos (criminais e eleitorais)  que Ricardo Coutinho até hoje enfrenta nos tribunais, o Mago conseguiu passar ao eleitorado paraibano uma imagem de administrador eficiente e político diferente de seus adversários. 

E, com êxito, conseguiu. Tanto é que o eleitor paraibano votou em massa nos candidatos apresentados por Sua Excelência, elegendo um governador, um senador, seis deputados federais e mais de 20 estaduais. O mais espetacular foi em o Mago apostar (na cabeça de chapa) num nome fora do eixo político-eleitoral. Decidiu por Azevêdo e, diferente quando o lançou à Prefeitura de João Pessoa, bateu o pé, disse o meu postulante ao Palácio da Redenção é ele e ponto final. 

Aliás, não fosse essa personalidade de “reizinho soberano” de Ricardo, talvez o Coletivo Girassol estivesse murchado antes do tempo. Todos sabem que, quando o governador quer uma coisa, quem tiver pensamento contrário pode ir “tirando o cavalinho da chuva” que não vai conseguir fazê-lo mudar de ideia, de forma alguma. Até agora esse estilo de fazer política do Mago tem funcionado. Não se sabe até quando.

Mesmo de diante de tantos problemas enfrentados pelo povo paraibano, vários deles atingindo diretamente a população mais pobre, Ricardo soube contrabalancear aquilo que ele não teve capacidade de resolver com situações as quais lhes eram, estratégica e politicamente, favoráveis na campanha eleitoral. 

O Mago, por exemplo, ficou no Governo, escanteou a vice-governadora e não a deixou assumir a titularidade, continuou mandando no orçamento geral do Estado, permaneceu inaugurando obras nos mais longínquos recantos, depois participou de todos os comícios, comandou os acordos políticos, negociou cargos no Governo, tudo isso com o suporte de mais de 70% (setenta por cento) dos veículos de comunicação da Paraíba, pago com dinheiro via Secom-PB e oriundo do suor do povo paraibano. Pois bem, RC “reinou soberano” no espaço constitucional que lhe era devido, usando de todas as atribuições que a política permitiu ou não. 

Além de tudo isso, o governador se acostou ao PT, a Lula e depois ao candidato a presidente Fernando Haddad, conseguindo bons dividendos eleitorais para seu agrupamento partidário, a ponto de ter o nome ventilado a ministro, caso o Partido dos Trabalhadores fosse o vencedor do pleito presidencial. Infelizmente quem ganhou a campanha foi Jair Bolsonaro. 

Como se vê, a vitória maiúscula e de “lapada” imposta por Ricardo Coutinho a seus adversários teve muitos aspectos favoráveis. À oposição só restou bradar. Mostrar os erros (inúmeros) do Governo do Estado em relação a tudo aquilo que o Mago prometera quando fora candidato por duas vezes e não teve competência de resolvê-los. O discurso oposicionista não funcionou.

A oposição foi fraca? Não. O governador é que usou todos os artifícios disponíveis sob seu comando, agindo como verdadeiro “rolo compressor”. Ricardo sabia se assim não o fizesse, corria o risco de ser derrotado, uma vez que velhas raposas como Cássio e Maranhão estavam à espreita do Palácio da Redenção.

Com a vitória, o Mago se tornou a principal liderança política da Paraíba, cabo eleitoral de reaç transferência de votos e com capacidade também de ajudar a eleger um grande número de prefeitos pelo interior do Estado em 2020. O principal desafio de Ricardo será, por exemplo, tomar o poder em Campina Grande e João Pessoa. Sem a “caneta” do Governo do Estado a partir do próximo ano, pode ser que o Mago sofra novas derrotas nas duas maiores cidades do Estado. 

Uma coisa é o homem no poder. Outra é o poder nas mãos de um amigo, mesmo que esse seja muito fiel, a exemplo de João Azevêdo. Dizem que João é João, Ricardo é Ricardo. A partir de 2019 veremos como essa relação vai funcionar na prática. Como se comportarão politicamente a cria e o criador.

Mas, mesmo que não haja reciprocidade de Azevêdo para com Ricardo, ninguém vai tirar do Mago o bastão de maior liderança política do Estado na atualidade e de o grande artífice e mentor da “lapada” de votos imposta aos adversários na campanha de outubro de 2018. Ninguém. 

Um forte e sincero abraço a todos. Paz e bem!

ANTONIO SANTOS – Editor de Fato a Fato
Em 10.12.18, às 00h50– Contatos com a Coluna: 99365-1823 (WhatsApp)
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