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OPINIÃO! A história redimirá a verdade, escreve Rui Leitão sobre TSE inocentar Temer

A HISTÓRIA REDIMIRÁ A VERDADE

Historiador Rui Leitão (Imagem: Wscom)
Fico imaginando o que dirão os livros de História daqui a vinte anos sobre o episódio de ontem. Nesse tempo não haverá mais a disputa ideológica ente coxinhas e petralhas, deverá prevalecer a observação isenta do olhar dos historiadores da época. As emoções ditadas pelas paixões partidárias contemporâneas não mais serão consideradas. Valerá a análise crítica sem pressão emocional. Duvido que Gilmar Mendes seja colocado como um magistrado que honrou nossas tradições da história jurídica nacional.

Pelo contrário, com certeza, será visto como alguém que quis desviar o princípio ético de comportamento histórico da política brasileira, porquanto subserviente e cúmplice de um movimento que em nada acrescenta à democracia brasileira. Gilmar com sua feição de quem está sempre de mau humor, não pode jamais ser considerado um exemplo a ser seguido como jurista. A razanzinice, a explícita manifestação de apoio político ao poder vigente, serão registrados no futuro pelos que terão a responsabilidade de escrever a história do nosso país.

E o pior é que conseguiu conquistar adesão ao seu tresloucado posicionamento, sem qualquer preocupação com o que virá pela frente, formando uma maioria que conseguiu dar continuidade a um processo de desgaste da democracia brasileira. Jogou na lama uma das instituições a que qualquer cidadão espera o apoio em seu favor, a justiça. Gilmar não é um jurista, é um politico apaixonado por suas ideias conservadoras e reacionárias.

Resta a esperança de que nossos descendentes conheçam verdadeiramente o que aconteceu nesta semana, e possamos efetivamente resgatar a verdade histórica, a de que preservará a consciência brasileira de que jamais deverão ser colocados os interesses dos poderosos em detrimento dos que são apenas expectadores ou vitimas dos acontecimentos. Ainda bem que nosso espirito de paraibanidade foi salvo pela participação honrosa do ministro Herman Benjamin nesse episodio. 

Por Rui Leitão (jornalista e historiador)
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