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Católicos acusam novela da Record de demonizar Igreja e pedem boicote

A Rede Record foi procurada pela reportagem de VEJA, mas, até a publicação desta nota, não se pronunciou a respeito

Novela é contestada por católicos (Foto: Da Net)
Antes mesmo de estrear, Apocalipse, a novela bíblica que a Record colocou no ar na última terça-feira, já estava na mira dos católicos. Blogs e perfis de redes sociais pediam boicote ao folhetim, que, diziam, iria demonizar a igreja romana. O capítulo desta quarta exacerbou os ânimos. Em uma sequência em que é mostrada uma celebração semelhante a uma missa, com homens vestidos de preto e vermelho qual bispos católicos, e sentados diante de um altar comandado por um homem paramentado por camadas de branco como o próprio papa, o Anticristo, narrador da trama, diz com um deboche pérfido: “Minha realização mais astuta. São quase 1.700 anos espalhando trevas pelo mundo”. Confira as cenas no vídeo aqui, a partir do minuto 42.

O narrador, voz de Sergio Marone (o maldoso Ramsés de Os Dez Mandamentos) continua, irônico: “Mas, é claro, tudo muito bem elaborado para parecer divino. Ah, o engano é minha especialidade”. O nome da igreja romana de Apocalipse, no entanto, é outro: Igreja da Sagrada Luz.

“Essas paredes ecoam histórias de uma trajetória milenar, desde que a missão da sagrada igreja começou nessa terra. Só foi possível atravessar os séculos porque sempre soubemos manter o poder e a influência, nos associando às pessoas certas”, diz o sacerdote-mor, Lorenzo Viscone (João Bourbonnais). Stefano se limiar a responder com “Sim, pai sagrado”.

Lorenzo Viscone comenta o surgimento de igrejas rivais que estariam ameaçando o poder da Sagrada Luz. “Estamos passando por uma fase de grande desafio. Novos valores e crenças surgindo pelo mundo, doutrinas de outras igrejas seduzindo fiéis. Mas nada, absolutamente nada deve abalar o que representamos”.

A primeira fase de Apocalipse se passa nos anos 1980. Fundada em 1977, a Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, proprietário da Record, estava então em crescimento.

“Essas paredes ecoam histórias de uma trajetória milenar, desde que a missão da sagrada igreja começou nessa terra. Só foi possível atravessar os séculos porque sempre soubemos manter o poder e a influência, nos associando às pessoas certas”, diz o sacerdote-mor, Lorenzo Viscone (João Bourbonnais). Stefano se limiar a responder com “Sim, pai sagrado”.

Lorenzo Viscone comenta o surgimento de igrejas rivais que estariam ameaçando o poder da Sagrada Luz. “Estamos passando por uma fase de grande desafio. Novos valores e crenças surgindo pelo mundo, doutrinas de outras igrejas seduzindo fiéis. Mas nada, absolutamente nada deve abalar o que representamos”.

A primeira fase de Apocalipse se passa nos anos 1980. Fundada em 1977, a Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, proprietário da Record, estava então em crescimento.

Para o blog católico Filhos de Deus, a nova novela de Vivian de Oliveira “retrata a Igreja Católica como satanista”. Em texto publicado depois da exibição do segundo capítulo de Apocalipse, o blog afirma que a trama tem “lançado ataques que nitidamente estão ligados à Igreja Católica” e analisa a sequência da Igreja da Sagrada Luz, uma “igreja satânica”, destacando que “as vestes dos seus integrantes são idênticas aos dos líderes católicos”.

A Rede Record foi procurada pela reportagem de VEJA, mas, até a publicação desta nota, não se pronunciou a respeito. Apesar da sequência que reverberou na internet, a novela perdeu audiência em São Paulo, onde na estreia marcou 13 pontos e, nesta quarta, 11 de média, segundo o Ibope.

De Veja Online
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