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Na PB, Goulart defende o resgate de medidas impedidas em 64

Ele é pré-candidato a presidente da República pelo PPL e proferiu palestra na Câmara de João Pessoa nesta segunda (19)

Presidenciável João Vicente Goulart ((Foto: Da Net)
Se colocando como o oposto às propostas de Jair Bolsonaro e boa parte dos partidos de centro e direita, o pré-candidato a presidente da República, João Vicente Goulart (PPL) proferiu palestra nesta segunda-feira (19), na Câmara de João Pessoa (CMJP). Ele deixou bem claro com quais candidatos ou partidos não dialoga. “Com todos aqueles partidos que defendem o autoritarismo, a proposta da violência, e com aqueles que defendem a desnacionalização da nossa economia”, declarou.


João Vicente Goulart mantém em seus ideais a memória do que foi o governo de seu pai, o presidente deposto no golpe de 1964, João Goulart. “Queremos levar a proposta nacionalista, que foi, inclusive, interrompida em 1964 e transportada, 54 anos depois para uma nova realidade brasileira, onde os atores que estão no Brasil são os mesmos de 1964. Eu acho que é uma proposta que ajuda. Conhecer o que houve em 1964, que foi um golpe. Não contra um presidente, mas contra um projeto de nação que estava em andamento”, afirmou.

Sobre o regime autorista que dominou o país entre 1964 a 1985, João Vicente Goulart relembrou as principais marcas daquele período e a luta pela restauração da democracia no país. “O golpe mergulhou o Brasil em uma ditadura de 21 anos de obscurantismo, perseguições, torturas, mortes, desaparecimento de pessoas sob a tutela do Estado e que nos trouxe uma luta muito grande para redemocratizar o país e reconquistar a democracia. Nós temos que aperfeiçoar a democracia, com todos os problemas que estamos vendo na atualidade, como a corrupção, o entreguismo das empresas estatais”, disse.

Para ele, as medidas que Jango tentou implantar durante seu governo ainda são atuais e devem ser resgatadas. “Cinquenta e quatro anos depois, as medidas que foram impedidas em 1964, que foram as reformas agrárias, tributária, urbana, educacional, enfim, ainda não foram conquistadas. Evidentemente que os tempos são diferentes, mas as medidas são efetivamente necessárias, principalmente nessa grande fuga de capitais e nesse momento em que o país vive, cuja a sangria da nossa economia está sendo canalizada para um sistema rentista brasileiro. Eu acho que devemos rever essas propostas de reformas institucionais, principalmente a agrária, tributária e a lei de remessa de indultos, que sangram o país. Vamos resgatá-las, adaptá-las e construí-las novamente. Em nenhum país do mundo, direito trabalhista não se retrocede, se avança”, avaliou.

O vice-presidente da Câmara de João Pessoa (CMJP), Lucas de Brito (Livres), destacou a importância dos debates com os presidenciáveis na Casa de Napoleão Laureano.

Lucas ressaltou a relevância histórica de receber este presidenciável. “João Vicente Goulart é filho de um presidente da República, deposto em 1964, que havia sido eleito pelo voto popular para a vice-presidência, tanto no governo de Juscelino Kubitschek quanto no de Jânio Quadros. Antes disso, havia sido ministro do Trabalho no governo de Getúlio Vargas. Ele é um pré-candidato que tem como fazer um resgate da história e uma leitura do Brasil no século 21, sob a luz de tudo que aconteceu em nosso passado”, justificou.

Ele ainda explicou a iniciativa da Câmara de João Pessoa. “É uma oportunidade muito rica da Casa fazer um debate qualificado e ouvir alguém que tem o que dizer. Institucionalmente, estamos recebendo os pré-candidatos à Presidência da República em uma ação que vai trazer todos os presidenciáveis para poderem fazer a sua leitura de Brasil e com isso conferir ao paraibano, ao pessoense, mais condições para tomar uma decisão consciente em relação ao seu voto. O objetivo da Câmara é de trazer o maior número de presidenciáveis para aproximar as suas ideias do eleitor pessoense e paraibano, para que o voto consciente seja a tônica de 2018”, afirmou.

Do Blog do Gordinho
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