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NA UFPB! Cirurgiões produzem biomodelo que facilita remoção de tumor

Laboratório que desenvolveu o protótipo será inaugurado ainda neste mês

Projeto levou dez horas para ser concluído. (Foto: Divulgação)
O primeiro biomodelo de órgão humano produzido pelo Laboratório de Fabricação Digital/Pessoal (Fablab) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) facilitou a remoção de tumor de 11 cm, considerado de grande dimensão, da mandíbula de paciente.

A cirurgia foi realizada no dia 5 de julho, no Centro Cirúrgico do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), no campus I, em João Pessoa, pela equipe da Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, coordenada pelo odontólogo Marcos Paiva.

“A operação ocorreu para remoção (exérese) de tumor (ameloblastoma multicístico) na mandíbula com desarticulação no lado esquerdo e colocação de órtese de titânio e cimento cirúrgico, uma espécie de apoio para viabilizar a articulação temporomandibular”, explica Ozawa Brasil Jr., cirurgião responsável.

De acordo com o cirurgião-dentista, a órtese foi aplicada no lugar da parte da mandíbula que foi removida com o tumor. O dispositivo foi previamente modelado com o auxílio de biomodelo impresso em 3D, com o uso de imagens obtidas a partir de tomografia computadorizada.

Ozawa Brasil Jr. explica que o biomodelo permitiu que a equipe se planejasse de maneira palpável, já que simulou com precisão o tamanho e o formato do segmento ósseo a ser removido.

Além disso, viabilizou que a órtese de titânio e o côndilo de cimento cirúrgico pudessem ser modelados e construídos antes da cirurgia, em vez de durante, o que diminui o tempo operatório e torna o resultado mais seguro e previsível.

Biomodelo (Foto: Portal Correio)
“O protótipo também reduz o risco de contaminação e permite uma recuperação mais rápida do paciente. Um tumor de grandes dimensões tem potencial de malignização. Se continuasse se desenvolvendo, poderia causar assimetria facial.”

Produzido em Ácido Polilático (PLA), que é um poliéster termoplástico, elaborado a partir de fontes naturais como milho ou cana-de-açúcar, o protótipo é biodegradável. Ozawa destaca ainda que o modelo impresso não entrou em contato direto com o paciente. “Não há estudos que suportem essa utilização ainda”.

O biomodelo foi criado pelas equipes de voluntários do Fablab da UFPB e de cirurgia bucomaxilofacial do HULW. O projeto, que levou apenas dez horas para ser concluído, é assinado por Ozawa Brasil Júnior e pelo estudante Luiz Henrique Regis. A impressão, também muito rápida, com duração de 11h, foi conduzida pelo também discente Patrick Diego da Silva.

Do Portal Correio
Publicada por F@F em 21.07.19, às 15h46
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