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Nota 4,7: Ensino público na PB fica abaixo da média no Plano Nacional de Educação

A meta nacional para “taxa líquida” de matriculas no ensino Médio era de 85%. Segundo o estudo do TCE, em nenhum município ela foi atingida

Ensino na PB abaixo da média (Foto: Da Net)
O paraibano que está na escola pública, municipal ou estadual, terá condições de competir no mercado de trabalho que exige cada dia mais pessoas qualificadas, enquanto automatiza as funções antes ocupadas por trabalhadores com pouca formação?

Os dados do mais completo estudo sobre a educação na Paraíba, realizado pelo TCE-PB e disponível no seu site desde quarta-feira, quando o relator Fernando Catão apresentou-o à Corte, mostram que ainda estamos muito longe da qualidade desejada e do cumprimento das metas dos Planos de Educação do Estado e dos Municípios.

O TCE-PB fará parte dos 11 tribunais do Brasil, que coordenados pelo TCU e OCDE, estabelecerão metodologia única para avaliação dos impactos da politicas públicas no País. A primeira será exatamente no setor educacional, das creches as universidades, destaca publicação da jornalista Lena Guimarães, no Correio da Paraíba.

Ontem, Lena Guimarães apresentou os números que revelavam a péssima infraestrutura das escolas. E quanto a qualidade do ensino-aprendizado? Alfabetização: percentual de alunos com níveis de aprendizagem insuficientes em leitura e escrita foi de 51,63%; em matemática, 71,2%.

A média no IDEB fixada pelo PNE para 2017 era de 5,5 para o ensino Fundamental I. O alcançado foi 5,1, mas quando tiramos as notas da rede privada, cai para 4,7.  Já no Fundamental II, o fixado era 5,0, atingimos 3,9, mas sem a rede privada fica em 3,6.

Para o ensino Médio, a  meta era 4,7, mas ficamos em 3,5 e a média ficou em 3,1 quando excluídas as escolas privadas. Em 2018 subiu para 3,35, mas é apenas 71,2% do mínimo esperado.

Em relação ao ensino Médio, em 2017 o Estado tinha 110.420 alunos matriculados, a União 234, os Municípios 617, e a rede privada 21.206. Detalhe: 126 dos 223 Municípios apresentaram taxa de atendimento entre 50% e 75%, o que significa que temos muitos adolescentes fora da escola.

A meta nacional para “taxa líquida” de matriculas no ensino Médio era de 85%. Segundo o estudo do TCE, em nenhum município ela foi atingida. E isso acontece em momento em que a tecnologia ganha espaços. A consultoria MacKinsey diz que no Brasil as máquinas já podem substituir 50,1% dos postos de trabalho. Podemos competir pelas vagas destinadas aos com melhor formação?

A radiografia da nossa educação é preocupante. Na coluna de amanhã tem mais.

Do Paraíba Rádio Blog
Publicada por F@F em 21.07.19, às 20h24
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