Header Ads

Governador João Azevêdo é alvo de busca e apreensão na Operação Calvário

Mandado foi cumprido no Palácio da Redenção, sede oficial do Governo do Estado

Governador João Azevêdo (Foto: Reprodução)
O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) é alvo de mandado de prisão preventiva na sétima fase da Operação Calvário, da Polícia Federal, que foi deflagrada na manhã desta terça-feira (17), na Paraíba. O governador João Azevêdo (sem partido) também é alvo de busca e apreensão. Ao todo, são cumpridos 54 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná. Além de Ricardo Coutinho, deputados, prefeitos e secretários são alvos da Operação Calvário – Juízo Final.

Além de João Azevêdo, por meio de uma autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), três mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta terça-feira. Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado que se tornaram alvos da operação foram Arthur Cunha Lima, André Carlo Torres e Nominando Diniz. Os três foram presidentes da corte. Os conselheiros são citados na ação que investiga o desvio de recursos públicos através do uso de organizações sociais.

Os alvos dos mandados de prisão preventiva são:

Ricardo Vieira Coutinho (ex-governador – PSB)Estelizabel Bezerra de Souza (deputada estadual – PSB)Márcia de Figueiredo Lucena Lira (prefeita do Conde – PSB)Waldson Dias de Souza (ex-secretário de Saúde e de Planejamento, Orçamento e Gestão)Gilberto Carneiro da Gama (ex-procurador geral do Estado)Cláudia Luciana de Sousa Mascena Veras (ex-secretária de Saúde e secretária executiva de Articulação Municipal)Coriolano Coutinho (irmão de Ricardo Coutinho)Bruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira CaldasJosé Arthur Viana TeixeiraBreno Dornelles Pahim NetoFrancisco das Chagas FerreiraDenise Krummenauer PahimDavid Clemente Monteiro CorreiaMárcio Nogueira VignoliValdemar ÁbilaVladimir dos Santos NeivaHilario Ananias Queiroz Nogueira

O que dizem os citados

O G1 entrou em contato com a assessoria da deputada estadual Estela Bezerra e, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta. O advogado Eduardo Cavalcanti, que faz a defesa do ex-governador Ricardo Coutinho, informou que ainda está tomando ciência do conteúdo e acompanhando as medidas que estão sendo executadas. A reportagem também entrou em contato por e-mail com a assessoria do diretório nacional do PSB, mas ainda não teve resposta. O G1 tenta contato com os outros investigados na Operação Calvário.

Os alvos dos mandados de busca e apreensão são:

Ricardo Vieira Coutinho (ex-governador – PSB)João Azevêdo (governador – sem partido)Coriolano Coutinho (irmão de Ricardo Coutinho)Gilberto Carneiro da Gama (ex-procurador geral do Estado)Waldson Dias de Souza (ex-secretário de Saúde e de Planejamento, Orçamento e Gestão)Estelizabel Bezerra de Souza (deputada estadual – PSB)Cláudia Luciana de Sousa Mascena Veras (ex-secretária de Saúde e secretária executiva de Articulação Municipal)Márcia de Figueiredo Lucena Lira (prefeita do Conde)Francisco das Chagas FerreiraDavid Clemente Monteiro CorreiaBruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira CaldasDenise Krummenauer PahimBreno Dornelles Pahim FilhoBenny Pereira de LimaJosé Arthur Viana TeixeiraMárcio Nogueira VignoliHilário Ananias Queiroz NogueiraValdemar ÁbilaVladimir dos Santos NeivaMaria Aparecida Ramos de Meneses (deputada estadual – PSB)José Edvaldo Rosas (secretário de Governo e ex-presidente estadual do PSB)Jair Eder Araújo Pessoa JúniorEmídio Barbosa de Lima BritoCassiano Pascoal Pereira NetoCanal 40Ney Robinson Suassuna (ex-senador – PRB)Aracilba Alves da Rocha (ex-secretária de Finanças)Fabrício Paranhos Langaro SuassunaArthur Cunha Lima, André Carlo Torres e Nominando Diniz.

O objetivo da operação é combater uma organização criminosa atuante em desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado da Paraíba, por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, além do superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos.

A operação, realizada em conjunto com o o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), apura desvio de recursos públicos na ordem de R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.

Segundo a Polícia Federal, foi constatado que um dos alvos da operação, que ocupou cargo de alto escalão no executivo estadual, encontra-se fora do país e, por isso, foi solicitada a inclusão do seu nome na difusão vermelha da Interpol. No entanto, a PF não divulgou nomes.

De acordo com a decisão do desembargador Ricardo Vital, alguns investigados nas fases anteriores da Operação Calvário, passaram a colaborar com as informações, apresentando narrativas e elementos relativos à estrutura hierárquica e ao funcionamento da suposta organização criminosa, identificando outros participantes. Entre os colaboradores, estão Daniel Gomes, considerado um dos líderes da organização criminosa.

Investigação

De acordo com as investigações, organizações sociais reuniram uma rede de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores, com a celebração de contratos com sobrepreço na gestão dos Hospitais de Trauma, de Mamanguape e o Metropolitano em Santa Rita, os três na Paraíba.

Conforme a Polícia Federal, com o objetivo de se proteger de uma fiscalização do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, a organização pagou reiteradamente vantagens indevidas, valendo-se de contratos de “advocacia preventiva” ou contratos de “advocacia por êxito”, ocultando a natureza, origem, disposição e movimentação dos valores.

A investigação ainda identificou o uso eleitoral dos serviços de saúde, com direcionamento de atendimentos e fraude no concurso de pré-seleção de pessoal do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, no ano de 2018.

Os investigados irão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes previstos de organização criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e ativa.

Do G1 PB
Publicada por F@F em 17.12.19, às 12h19
Tecnologia do Blogger.