OPINIÃO! Ikeda pergunta se GBA deve arriscar novo mandato para Léa Toscano
Tia Léa: será que vale a pena 'arriscar', Guarabira?
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Joseilton Gomes, Ikeda (Foto: Reprodução/Facebook) |
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Atual Secretária da Mulher num governo que pouco faz por Guarabira, Léa deve ser a candidata da situação para suceder a ‘gestão do atraso’ feita pelo prefeito Marcus Diogo, que ela defende e apoia, mesmo ciente do descaso com o município. Se confirmada para sucessão, ela - que também vem ‘dando as caras’ no feed do prefeito - herdará e pode por fim ou dar continuidade ao ‘caos administrativo’... É arriscar e pagar para ver.
Para ter o nome lembrado, eu avalio que um político, por exemplo, tem, necessariamente, que ter deixado um legado ou marcado positivamente; e, também, se manter em evidência mesmo sem o ‘poder da caneta’. Com todo respeito, a minha dúvida é: se tia Léa não perdeu a ‘relevância política’ para liderar o ranking numa pesquisa de intenção de voto, à frente da própria filha que tem mandato parlamentar; e apoiando um governo desastroso... (?)
Léa aparece com 28,43% na espontânea - à frente do ex-deputado estadual Raniery Paulino (7,11), que como parlamentar se destacou sendo líder de oposição e depois como aliado de João; investe no marketing político, tem bandeiras bem definidas, é atuante nas redes sociais, se comunica bem, tem ideias e, de quebra, ainda será deputado federal. O resultado, de acordo com a ADVISE, mostra que Léa só perde para o número de indecisos - 40,68.
Na estimulada, segundo a pesquisa, Léa Toscano continua na frente, seguida por Raniery, Camila Toscano, Dr. Teotônio, Dr. Wellington e Célio Alves.
A pesquisa foi realizada nos dias 24 e 25 de julho de 2023 em Guarabira.
Mas, afinal, o que tia Léa, que é uma mulher de bem, anda fazendo para ser tão lembrada - mesmo aliada e corresponsável pela atual gestão? Será que não tem alguém ‘forçando a barra’; ou Guarabira, realmente, tem aprovado o desempenho de Marcus Diogo como gestor? A resposta, só o futuro dirá - quando 'abrirem' as urnas.
Deixo claro: não estou aqui duvidando da credibilidade da ADVISE, que tem bastante experiência de mercado. Sei, no entanto, que pesquisas influenciam e não são feitas por acaso. Recordo, por exemplo, de um capítulo do livro “O quarto poder”, de Paulo Henrique Amorim, quando ele diz que “o Ibope faz política com pesquisa” e afirma: “há pesquisa sob medida”.
Pela pouca experiência que tenho no mercado de comunicação e de cobertura política, no geral eu sei que pesquisa de intenção de voto, citação na mídia, matérias em blogs, posts específicos e de imediato nas redes sociais, tudo isso faz parte da estratégia de comunicação de um grupo político. Nada é por acaso – não existe “pesquisa grátis”: tem intenção e um custo.
E mais: pesquisa se responde com outra pesquisa, que pode revelar números diferentes – ou não - gerando “dúvida” acerca de quem faz o recorte mais próximo da realidade. Isso é outra estratégia que pode favorecer um dos lados ao provocar o eleitor a fazer uma avaliação sincera antes de decidir o voto. Contudo, pesquisas são necessárias no campo político.
Primeira mulher eleita prefeita de Guarabira em 1996, reeleita em 2000 com apoio do ex-prefeito Zenóbio Toscano, Léa contribuiu bastante como gestora. Depois, perdeu o ritmo e a eleição para a ex-prefeita Fátima, que fez uma excelente gestão. Já como deputada estadual (2011/2014), a ex-prefeita Léa fez um mandato medíocre - diferente da filha Camila.
Eu não acho positivo para tia Léa aparecer ao lado de um prefeito impopular e que não tem obras para inaugurar. Mas é isso que ela vem fazendo: ocupando espaços de fala em pequenos eventos da PMG, organizando o perfil nas redes, aparecendo no feed do prefeito Marcus e, sendo citada, intencionalmente, em rádios do município - tudo estratégia política.
Os mais jovens, talvez, não se lembrem como foi o desempenho de Léa como prefeita - para mim, ela fez uma gestão acima da média: incomparavelmente melhor que a do prefeito Marcus. Mas isso foi há 20 anos e com a liderança de Zenóbio, de saudosa memória. Como seria a gestão de tia Léa sem a orientação de ZT (?) - não dá para saber: só arriscando para ver...
Não sei, então, como um jovem poderia justificar a escolha ao apontá-la como “melhor opção” na eleição de 2024; nem se Guarabira vai arriscar como fez ao eleger Marcus Diogo. Hoje, a pesquisa da ADVISE diz que 'o eleitor arriscaria' - então, o prefeito tem até 2024 para começar a trabalhar: quem sabe ele consiga manter os números e o voto do eleitor.
Por Joseilton Gomes-Ikeda (jornalista, Guarabira-PB)
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