Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF
Fernando Sarney é nomeado como interventor
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Ednaldo Rodrigues (Foto: Reprodução/Instagram) |
‘’Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela corte superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antonio Carlos Nunes de Lima, conhecido por Coronel Nunes’’, declarou o desembargador na decisão.
Embora ocupe o cargo de vice-presidente, Fernando Sarney está atualmente afastado politicamente de Ednaldo Rodrigues. Ele integra o grupo de oposição e não participou da chapa que reelegeu Ednaldo por aclamação em 24 de março deste ano. O mandato de Sarney como vice vai até março de 2026.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal recebeu dois pedidos que solicitavam o afastamento de Ednaldo do cargo. As solicitações partiram da deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e do próprio Fernando Sarney. Ambos alegam que a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da CBF, foi falsificada em um acordo firmado no início de 2024. Um laudo pericial aponta que a assinatura realmente não é autêntica.
Esse documento, que leva a assinatura de cinco dirigentes, encerrou um processo que questionava a legalidade do último pleito da CBF — o mesmo que garantiu a permanência de Ednaldo na presidência. Se confirmada a falsificação, o acordo pode ser anulado, segundo os autores da denúncia.
O caso foi remetido novamente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro após determinação do ministro Gilmar Mendes, do STF. No dia 7 de maio, ele rejeitou o afastamento imediato de Ednaldo, mas determinou ao TJ-RJ a apuração “imediata e urgente” dos fatos relatados.
O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro chegou a solicitar o depoimento de Coronel Nunes na última segunda-feira. No entanto, o advogado do ex-dirigente comunicou que ele não compareceria por questões de saúde. A audiência foi cancelada, e nesta quinta-feira (15), o desembargador decidiu pelo afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF.
Esta é a segunda vez que o TJ-RJ retira Ednaldo do cargo. A primeira ocorreu em dezembro de 2023, mas ele foi reconduzido à função cerca de um mês depois, por decisão do ministro Gilmar Mendes.
Fonte: Wscom
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