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Temer recusa comentar relatório da PF que o acusa de corrupção: 'Não faço juízo jurídico'

Polícia Federal ainda pediu mais tempo para concluir perícia no áudio da gravação entre o presidente e o dono da JBS, Joesley Batista

Michel Temer, presidente da República (Foto: Da Net)

Na saída do seminário para investidores russos nesta terça-feira, o presidente Michel Temer parou para falar com a imprensa brasileira. Perguntado sobre como viu o relatório da Polícia Federal (PF), que disse haver crime de corrupção por parte do presidente, ele se recusou a comentar.

— Isso não é uma questão política, é jurídica. E eu não faço juízo jurídico — disse o presidente.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu o relatório da PF na última segunda-feira. Para os investigadores, houve crime de corrupção do presidente. A conclusão considera, além dos indícios e de outras provas, duas conversas entre o diretor da JBS Ricardo Saud e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que está preso em Brasília.

As conversas já foram periciadas e ajudam a reforçar os indícios de crime. A PF não comenta o relatório. Ainda pediu um prazo adicional de cinco dias para apresentar uma conclusão sobre o crime de obstrução de Justiça. Esse tempo será usado para concluir a perícia no áudio da gravação do dono da JBS Joesley Batista com o presidente Temer. A PF teria optado por ser mais cautelosa nesse ponto.

Michel Temer é investigado pela Procuradoria Geral da República (PGR), que deve oferecer denúncia contra eles nos próximos dias com base na delação dos donos e executivos da JBS. Na semana passada, a defesa de Temer pediu o arquivamento do inquérito, argumentando que não havia elementos probatórios mínimos na investigação para justificar a apresentação de denúncia.

Nesta segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF parecer contrário ao pedido de arquivamento do inquérito. Janot argumentou, no entanto, que só vai analisar o pedido mais a fundo quando receber a conclusão das investigações da Polícia Federal. Com o material em mãos, o procurador-geral vai definir se arquiva ou se apresenta denúncia contra Temer perante o STF.

De O Globo
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