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Em audiência no Fórum de JP, RC é acusado por mãe de Bruno Ernesto e Pâmela Bório

Mãe de Bruno Ernesto acusa RC, Pâmela confirma caixas de dinheiro na Granja e Laura pede suspeição de promotor

Ricardo Coutinho, Pâmela Bório, Inês Moraes (mãe de Bruno Ernesto) e a advogada Laura Berquó (Foto: Reprodução Blog de Helder Moura)
A tarde da terça (dia 20) não deverá ser esquecida pelo governador Ricardo Coutinho. Mais uma vez, o ainda governador deixou os afazeres da administração para passar a tarde no Fórum Criminal de João Pessoa, participando de audiências em ações movidas contra, especialmente, a advogada Laura Berquó. Mas, desta vez, Ricardo Coutinho certamente ouviu o que não esperava, na 6ª Vara Criminal.

Pâmela – Durante seu depoimento como testemunha numa das audiências, a ex-primeira-dama, Pâmela Bório, confirmou em juízo ter encontrado várias caixas de dinheiro na Granja Santana, no tempo em que ainda era casada com o governador. Denúncia que, aliás, Pâmela já havia feito no programa Intrometidos, em outubro de 2016. (Confira vídeo em https://goo.gl/SMJRcz)

RC rebateu, acusando a ex-mulher de ter subtraído R$ 80 mil, que eram seus (do governador) para comprar um imóvel.  Foi rebatido por Laura Berquó, argumentando que, segundo consta dos documentos do processo de divórcio, o próprio governador teria revelado que deu R$ 80 mil a Pâmela para que ele pudesse comprar um imóvel, como parte do acordo. A informação de Laura ficou sem resposta.

Mãe de Bruno – Já a servidora Inês Moraes, mãe de Bruno Ernesto, quando indagada pela promotora da audiência se acreditava que o governador possa ter tido alguma participação no crime de seu filho, em fevereiro de 2012, nem titubeou. Afirmou ter certeza. E citou vários indícios, telefonemas, e ainda depoimento de uma ex-assessora do governador, Osmilda Xavier.

Noutro momento, advogados do governador indagaram Inês, argumentando que alguns políticos estavam “usando a sua dor” para faturar politicamente. Inês rebateu imediatamente, lembrando que, até alguns anos, o governador acusava seu parente, o deputado Veneziano Vital do Rego (senador eleito), de integrar uma oligarquia, mas que, “quando precisou dele, foi através para ter seus votos, e agora são aliados, e ele é meu parente”.

Edilene – Noutro momento, Maria Edilene, mãe do jovem Sebastian Coutinho, assassinado em Queimadas, como suposta queima de arquivo, também apontou que o governador teria conhecimento da ação de grupos organizados na região, que atuaria em assaltos a bancos com explosões, dentre outros delitos.

Segundo Laura, Sebastian foi morto porque sabia demais, mas a Polícia Civil da Paraíba para não ter que tocar em nome de gente poderosa, está tentando vincular o nome de Sebastian a um assalto ocorrido numa das granjas dos Lucenas, em 2013, fato esse que se deve mais a rivalidade de grupos criminosos do que um simples assalto à residência”.  

Primeira audiência – As audiências foram presididas juiz Rodrigo Marques e na presença da promotora Adriana França. Na primeira audiência, a exceção da verdade foram partes o governador e Pâmela, onde as partes foram interrogadas. Ricardo Coutinho ingressou com a queixa-Crime 0007950-84.2017.815.2002 e trata da polêmica envolvendo as caixas de dinheiro na Granja.

Pâmela confirmou em juízo a existência das caixas de papelão com o dinheiro. Na oportunidade, a Laura Berquó questionou o governador, que negou responder a qualquer processo judicial e investigação em curso, se ele sabia estar respondendo por improbidade administrativa por desvio de verbas do Jampa Digital em processo que se encontra sob segredo de Justiça na Justiça Federal (n.º 0805260-62.2015.4.05.8200).

Segundo audiência –  Tratou do caso Bruno Ernesto, do governador contra Laura. Foram testemunhas Pâmela, Inês e Inês, que afirmou ter certeza que foi o governador Ricardo Coutinho quem mandou matar seu filho por ter descoberto o esquema fraudulento do Jampa. Inês admitiu ser a autora da notícia de fato que deu origem ao “Inquérito 1200 que tramita no STJ sobre o caso Bruno Ernesto em que o governador é investigado e que se encontra sob sigilo”.

Já Edilene reafirmou que a morte do filho foi queima de arquivo por ter sido cabo eleitoral do grupo político do deputado Doda de Tião que tem ligação com o irmão do governador. Edilene afirmou ainda “que a ordem dada ao Secretário de Segurança para perseguir seu filho partiu do próprio governador a pedido do referido grupo político, segundo informações há alguns anos do próprio Secretário Claudio Lima e do Delegado Marcos Paulo”.

Segundo Laura, “como era de se esperar, o Governador mais uma vez ameaçou processar todo mundo”.

Explosões – Edilene disse também que “durante toda a investigação para apurar o assassinato de seu filho Sebastian que testemunhou a divisão de dinheiro oriundo de explosões a bancos no Estado, as investigações teriam sofrido interferência da Secretaria de Segurança Pública devido o nível de aproximação entre o irmão do Governador e o referido grupo político”

E ainda que as explosões aos bancos seriam “uma forma para formação de caixa 2 para campanhas eleitorais”. Sebastian foi cabo eleitoral em 2012 na campanha a prefeito de Carlinhos de Tião em Queimadas.

Laura – A advogada Laura Berquó, como se sabe, ingressou com notícia de fato que atualmente se encontra no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) “para investigar o envolvimento dos mandantes do assassinato de Sebastian que nunca foram investigados, nem indiciados pelo assassinato de Sebastian, pelos crimes de explosões aos bancos, tráfico de drogas e armas, e também informa na notícia de fato a interferência que as investigações sofreram pelo Secretário de Segurança a época, a aproximação de Coriolano Coutinho com a quadrilha investigada”.

Segundo Laura afirmou, “o promotor Octávio Paulo Neto é amigo pessoal declarado do Secretário de Segurança Pública e tem se referido a ela (Laura) para a mãe da vítima de forma desabonadora e fazendo defesas expressas do secretário Claudio Lima antes mesmo de apurar o fato, a advogada achou por bem pedir para que o mesmo se averbasse suspeito e levou o caso ao conhecimento do Procurador Geral de Justiça e da Corregedoria por entender que não está havendo imparcialidade”.

Do Blog de Helder Moura
Em 22.11.18, às 14h21
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