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Opinião! Ikeda chama de inexpressiva votação do candidato a deputado estadual do PSB de GBA

A “voz do novo” não convenceu

Joseilton Gomes (Foto: Da Net)
Quem pensou em se candidatar, e com prepotência, fazer campanha política para "derrotar as oligarquias" de Guarabira (PB) (as tradicionais famílias Paulino e Toscano), vendendo uma ilusão para o povo e fazendo pressão sobre contratados do Governo do Estado, foi reprovado nas urnas em 2018. Isso mesmo, reprovado!

O moço inteligente por quem tenho respeito, pode ter influência junto ao Governo – e tem! – e ter feito uso dela, mas não teve voto suficiente para garantir um assento na Assembleia Legislativa da Paraíba e muito menos para derrotar Paulino e Toscano, reeleitos! - nem com apoio de “lideranças locais” também já reprovadas por Guarabira e região.

O candidato de Mari - ainda com influência no atual Governo -, teve inexpressivos 3.752 votos em Guarabira, que tem pouco mais de 40 mil eleitores – ele teve menos voto do que o ex-vereador Josa da Padaria (que foi candidato a prefeito em 2016). 

É com essa votação que os 'girassóis' querem 'tomar' a prefeitura de Guarabira em 2020? É com essa "influência eleitoral" que o ex-executivo do Governo de Ricardo Coutinho (PSB) chama os Paulinos de oportunistas, em relação a votação de Haddad em Guarabira no 2º turno das eleições? 

A quem devemos atribuir, então, a votação do candidato do PT no município - aos 'girassóis', que sequer elegerem seu deputado? 

É fato: Paulino foi parceiro dos governos do PT, e grato pelos recursos destinados ao município: para casas populares, UPA, IFPB e SAMU. Paulino já esteve com Lula e com o próprio Haddad. Já o aspirante a deputado, o máximo que conseguiu foi tirar uma foto com o candidato do PT. 

Em disputa desigual, como candidato a senador pelo MDB, Roberto Paulino obteve 262.998 votos para o Senado. Em Guarabira, foram 14.639 votos.

***
Ao todo, na Paraíba, o candidato dos 'girassóis' de Guarabira obteve 8.176 votos (apenas 0,40%), graças ao apoio do deputado Gervásio. Eu garanto que a audiência do representante do PSB de Guarabira, no rádio, era muito maior que essa péssima votação. Eu mesmo fui seu ouvinte e leitor.

Dizem que nem mesmo seus aliados mais próximos acreditavam na sua vitória. Acho que o que interessa a eles é a "benção" do governador, que vão continuar recebendo por mais 04 anos. Quanto aos contratados do Governo, esses podem perder o emprego a qualquer momento. Ou não?

Mas o que faltou afinal ao candidato a deputado estadual apoiado por Ricardo Coutinho (PSB) em Guarabira, para convencer o eleitor? Faltou voto, eu sei. Mas isso não impede seus 'subordinados' de o chamarem de "meu deputado", né? #deputadosemmandato  

O blog avalia que faltou verdade no discurso duvidoso do girassol, que embora fale contra a velha política em tudo se assemelha a ela no ‘toma lá, dá cá’. Também faltou atenção no trato com as pessoas, característica que, como político, aparentemente, ele não tem - pelo menos por enquanto.

E se o candidato do PSB também quis mostrar para as “lideranças que lidera" - que diferente delas (considerando as eleições que perderam) - que ele tinha votos em Guarabira, deve ter ficado frustrado com o resultado das urnas.

O então candidato João Azevedo (PSB) foi eleito com mais de 1 milhão de votos na PB. Seus aliados e eleitores devem realmente comemorar. Quem perdeu, deve aceitar a derrota, respeitar o resultado e fazer uma oposição vigilante.

Quanto ao postulante a uma vaga na AL-PB pelo PSB de Guarabira, o mesmo eleitor que votou em Azevedo - votado por 12.499 eleitores na cidade -, poderia ter votado no 40999, porém disse NÃO a esse número.

Perguntar não ofende: será que, mesmo sem mandato, “a voz do novo” vai continuar intercedendo junto ao governador João Azevedo para que invista em Guarabira não somente em época de eleição? No rádio, nos 'horários alugados', o socialista diz que sim. É o que a população espera.

Assim, quem sabe, até o próximo pleito, “a voz do novo” consiga ganhar a simpatia da população e convencer o eleitor de que tem interesse em trabalhar por Guarabira e, dessa forma, alcance êxito nas urnas - para si ou para outrem.

Na política, não dá para sorrir nas fotos e depois fechar a cara para quem está ao lado. Ainda por cima, como se comenta, forçando contratados a compartilhar conteúdo e ir a eventos sob pressão e ameaça de perder o emprego, como se um cargo no Estado fosse em troca de apoio. "Nova política", né? Sei...

Também não serei hipócrita. Reconheço que em relação a "favor" ou apoio político, todo 'contratado' deve ter ciência de que ocupa cargo político e função temporária, portanto... Sou, no entanto, contrário a qualquer pressão eleitoral. Cada um, contudo, sabe de si...

Mais uma dúvida: tirando a ingerência do Governo e a "benção do governador", até que ponto a turma do '40' sobreviveria em Guarabira - ou logo buscaria amparo junto a Toscano e Paulino como era antes?

O blog acompanhou as campanhas dos três candidatos a deputado estadual por Guarabira. O candidato dos ‘girassóis’ fez uma bela campanha. Embora ele não seja o político que pensava ser, ainda consegue articular e colocar ‘gente grande’ para caminhar a pé no meio do povo...

Daqui para frente, sugiro: que antes de sair criticando Paulino e Toscano é bom considerar que o que Guarabira tem e deixa de ter foi por intermédio dessas duas famílias - de histórico político limpo. Elas merecem respeito, principalmente daqueles que nada fizeram de concreto, além de usar a voz.

Novas campanhas virão: e a chance de conter a arrogância, abandonar a prepotência, deixar de lado a vaidade, focar nas propostas, respeitar os adversários, tolerar quem pensa diferente, permitir e preservar amizades, baixar o tom de voz e deixar o eleitor à vontade. 

Não foi dessa vez. A “voz do novo” não convenceu. O povo não reconheceu a sua voz.

Por Joseilton Gomes-Ikeda (jornalista, editor do Caderno de Matérias)
Em 01.11.18, às 01h11
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