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Investigação não pode separar Cruz Vermelha e Governo, diz promotor

Otávio Paulo Neto informou também que as investigações não param e que as provas vão buscar as responsabilizações

Promotor de Justiça Octávio Paulo Neto (Foto: Da Net)
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), promotor Otávio Paulo Neto, garantiu que não há como separar a Cruz Vermelha e o Governo do Estado no trabalho desenvolvido pelo Ministério Público da Paraíba que investiga suposto desvio de dinheiro por Organizações Sociais na Saúde paraibana.

“Não tem como desvencilhar. Essas Organizações Sociais foram contratadas com a incumbência de gerir hospitais e tratam de recursos públicos. Não tem como dissociar, inclusive uma das pessoas presas é um servidor público. As coisas são convergentes, não tem como dissociar, mas isso vamos decifrar durante a investigação”, explicou o promotor.

Otávio Paulo Neto informou também que as investigações não param e que as provas vão buscar as responsabilizações de quem for responsável, sejam as organizações, os agentes públicos ou o Governo do Estado.

CPI da Cruz Vermelha

O promotor também reagiu às declarações do deputado estadual Walber Virgolino. O parlamentar falou que o governo tem mais medo da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do que da própria investigação do Ministério Público. Mas para Otávio Paulo Neto não se pode deixar transformar esse trabalho em um palanque político.

“O Ministério Público não está numa competição e nem em concorrência. Vai se ocupar desses fatos como sempre tem feito, tem competência para encarar qualquer fato. Não vamos servir de palanque para político novo, precisamos ter seriedade com esses fatos. Uma força-tarefa a gente empenha esforços necessários para trazer à plana o que estiver escondido”, ressaltou.

Além disso, o promotor acrescentou que as últimas CPIs instaladas na Paraíba mostram que não tem havido uma eficácia dessas comissões. “Algumas pessoas querem usar fatos como palanque, mas a gente vai continuar trabalhando. As CPIs são úteis, mas as recentes só têm demonstrado utilização nefasta como a de Bayeux”, enfatizou.

Organizações Sociais na Educação

O coordenador do Gaeco também não descartou a possibilidade de o Ministério Público investigar o trabalhos das OSs na área da Educação. Contudo, ele ressaltou que para isso é preciso haver investimento de dinheiro do estado. Do contrário, se os recursos forem federal, caberá ao Ministério Público Federal.

Do Portal Correio
Em 14.02.19, às 14h59
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