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STF não deve ter medo de julgar os atos de Moro, diz Gilmar Mendes

Gilmar também apontou desvios cometidos por Moro e Dallagnol durante a Lava Jato

Ministro Gilmar Mendes (Foto: Reprodução da Net)
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse, em entrevista ao Brasil 247, que não irá avaliar a popularidade do ex-juiz Sergio Moro ao ponderar sua suspeição. “Se um tribunal passar a considerar esse fator, ele que tem que fechar”, afirmou. Ele foi incisivo: “Vamos imaginar que essa gente estivesse no Executivo. O que eles fariam? Certamente fechariam o Congresso, fechariam o Supremo. Esse fenômeno de violação institucional não teria ocorrido de forma sistêmica não fosse o apoio da mídia. Portanto, são coautores dos malfeitos”.

Gilmar também apontou desvios cometidos por Moro e Dallagnol durante a Lava Jato. “O conúbio entre juiz, promotor, delegado, gente de Receita Federal é conúbio espúrio. Isso não se enquadra no nosso modelo de Estado de Direito”, afirmou e também disse que o Brasil precisa “encerrar o ciclo dos falsos heróis”.

“As pessoas percebem que esse promotor não está atuando de maneira devida. Esse juiz não está atuando de maneira devida. Se nós viermos a anular ou não esses julgamentos, o juízo que está se formando é o de que não é assim que a Justiça deve funcionar. Que isso é errado, que essas pessoas estavam usando as funções para outra coisa. Isso ficou cada vez mais evidente”, disse ainda Gilmar. “Que poder incontrastável é esse? Aprendemos, vendo esse submundo, o que eles faziam: delações submetidas à contingência, ironizavam as pessoas, perseguiram os familiares para obter o resultado em relação ao investigado. Tudo isso que nada tem a ver com o Estado de Direito”.

Do 247 com Wscom
Publicada por F@F em 16.09.19, às 01h24
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