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Bolsonaristas fazem ato em frente ao Supremo com tochas e máscaras brancas

Ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, foi alvo de protestos. Em redes sociais, internautas lembraram que esses símbolos eram usados por nazistas e pela Ku Kux Klan

Apoiadores de Bolsonaro portavam tochas de fogo e usavam máscaras no protesto em frente ao STF (Foto: Tribuna de Petrópolis)
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fizeram um ato na noite deste sábado (30) com tochas e máscaras brancas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

As palavras de ordem dos manifestantes foram dirigidas contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que investiga ameaças e ofensas ao Supremo e a ministros. O ato contou com algumas dezenas de pessoas.

Também lembraram do uso de tochas em manifestações dos nazistas, na Alemanha da década de 1930.

Em redes sociais, internautas lembraram que tochas e máscaras são elementos marcantes em atos do grupo supremacista branco Ku Klux Klan, também conhecido como KKK, nos Estados Unidos.

Alemanha nazista

O uso de tochas em manifestações políticas de extrema-direita ganhou notoriedade em janeiro de 1933, logo após a posse de Adolf Hitler, na Alemanha. Nazistas marcharam com tochas pelo Portão de Brandemburgo, em Berlim, para saudar o então chanceler.

Ku Klux Klan

Criado em 1866 no sul dos Estados Unidos, o grupo Ku Klux Klan defende ideais de extrema-direita como a supremacia branca, o nacionalismo branco e a anti-imigração. Os integrantes do grupo também usam máscaras brancas e tochas em manifestações.

Nos anos 1960, o grupo foi responsável pela perseguição, tortura e assassinato de negros e ativistas de direitos civis, além de ataques terroristas.

Charlotesville

Manifestantes de grupos radicais de extrema-direita, racistas e neonazistas fizeram manifestações em agosto de 2017 em Charlotesville, nos Estados Unidos.

Eles protestaram contra a remoção de uma estátua do general Robert Lee, comandante dos exércitos confederados na guerra civil norte-americana.

Na chamada Guerra de Secessão (1861-1865), Lee liderou as tropas dos estados que queriam independência e resistiam ao fim da escravidão. Perdeu a guerra para as tropas do então presidente Abraham Lincoln e mais tarde virou um símbolo de grupos que defendem a supremacia branca.

Simpatizantes do grupo supremacista branco Ku Klux Klan (KKK) participaram das manifestações. Os integrantes das manifestações, a exemplo da manifestação deste sábado em Brasília, usavam tochas.

Do G1
Publicada por F@F em 31.05.2020, às 23h46
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