Mulher é morta a facadas na frente das filhas enquanto família via TV
Assassino seria o marido da vítima, Camila Miranda Bandeira, de 32 anos. Ela teria sofrido outras agressões
Vítima tinha 32 anos (Foto: Arquivo da Família) |
CONFIRA! Mulher é morta a facadas na frente das filhas enquanto família assistia TV
A equipe do Samu chegou ao local e encontrou a mulher inconsciente e com diversas lesões pelo corpo. As quatro filhas do casal – de 11, 9, 8 e 6 anos de idade – presenciaram desde as agressões até o momento do assassinato. Foram elas quem informaram a polícia como ocorreram os ataques e posteriormente o assassinato da mãe. Segundo o relato, o marido pedia a todo momento que a esposa desbloqueasse o celular, suspeitando que estava sendo traído. A vítima negou as traições mas as discussões duraram o dia inteiro.
As crianças ainda informaram que, ao fim do dia, a família foi assistir um filme na TV quando o pai começou a agredir a mãe com socos e pontapés na região do rosto. O homem ainda trancou as filhas junto com a mulher em um dos cômodos da casa e foi até a cozinha buscar uma faca. Em seguida, ele cortou os cabelos da mulher e jogou em um balde. As meninas também viram o pai tentar, por várias vezes, cortar o pescoço da mulher com essa mesma faca.
“[Foi um] Crime passional. O autor, desconfiando que a vítima estava traindo, tomou o celular à força das mãos dela. Posteriormente, ambos entraram em uma discussão e ele, alterado, veio a agredi-la com brutalidade e com requintes de crueldade. Veio a matá-la na frente das quatro filhas menores do casal”, resumiu a delegada Hipólita Brum.
Medo na TV
Ainda de acordo o registro da PM, as filhas informaram aos policiais que, enquanto o pai pisoteava a mulher desacordada, dizia: “Só não te mato por causa das crianças”. Além disso, o autor do crime tinha o hábito de assistir uma série chamada Até Que a Morte Nos Separe, e que Camila dizia às filhas que tinha medo de que o marido fizesse com ela o que eles assistiam no seriado.
Após assassinar a própria esposa, o pai pediu que as meninas pegassem seus pertences e não chamassem a polícia. Antes de fugir, ele disse próximo ao ouvido da vítima, já morta: “Morre, desgraçada”. Foi ele mesmo quem acionou o Samu , informando que a mulher havia sido espancada e teve seus pertences roubados. As autoridades encontraram a arma do crime na casa com restos de sangue da vítima, em uma gaveta do armário da cozinha.
Preso
Apesar da fuga, o homem foi capturado pela Polícia Militar na manhã de hoje. “Após ter ceifado a vida da vítima, fugiu do local e hoje foi localizado pela Polícia Militar em um a rodovia perto de Conceição do Rio Verde”, contou Brum. O município com cerca de 12 mil habitantes fica a 60 km de Três Corações, onde ocorreu o crime.
Denuncie!
A delegada reforçou a importância da denúncia. “As vítimas não podem se esquecer de denunciar sempre a violência doméstica. Não fiquem caladas. Ao menor sinal de violência doméstica, em qualquer modalidade, denunciem, não sofrem caladas em suas residências”, afirmou. “As pessoas ao redor, sejam vizinhos ou parentes, denunciem. Pode ser de forma anônima. Por favor, denunciem”, complementou.
Onde e como denunciar?
Na capital mineira, além da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, existem ao menos outras três instituições que atendem esse público: Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher), da Defensoria Pública; Casa Benvinda, da Prefeitura de Belo Horizonte; e Casa de Referência Tina Martins, do chamado terceiro setor, sem vínculo governamental. Além disso, existe também o aplicativo MG Mulher, do governo de Minas (veja aqui).
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher: av. Barbacena, 288, Barro Preto | Telefones: 181 ou 197 ou 190
Casa de Referência Tina Martins: r. Paraíba, 641, Santa Efigênia | 3658-9221
Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher): r. Araguari, 210, 5º Andar, Barro Preto | 2010-3171
Casa Benvinda – Centro de Apoio à Mulher: r. Hermilo Alves, 34, Santa Tereza | 3277-4380
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