Casa de covereadora negra e travesti é alvo de tiros
Chapa coletiva afirma que residência de Carolina Iara foi atingida por dois disparos na madrugada desta terça (26), na Zona Leste da capital. Ela registrou ocorrência na delegacia por se sentir vítima de crime político. Caso ocorre na semana do "Dia da Visibilidade Trans", comemorado em 29 de janeiro
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Covereadora Carolina Lara (Foto: Acervo Pessoal) |
CONFIRA! Casa de covereadora negra e travesti é alvo de tiros em SP, diz bancada feminista do PSOL
Segundo a bancada do PSOL, Iara, que é negra, travesti e portadora do vírus HIV, estava dormindo quando ocorreram os tiros. A bancada considera que a covereadora foi vítima de um “crime político” por tudo que representa “como liderança de movimentos de pessoas trans”.
Em entrevista ao SP2, Carolina Iara afirmou que foi alvo de uma tentativa de intimidação.
“Tudo indica que foi do portão que atiraram para a parede da minha sala, quando percebi esses dois sinais de tiros. E naquele momento eu percebi que não era algo do acaso, não era uma bala perdida. Percebi que a minha casa foi alvejada, não sabemos ainda por quem, por qual motivo, mas uma covereadora, de mandato coletivo, que é uma mulher negra e trans, está sendo ameaçada na maior cidade do país”, afirmou.
O ataque ocorre na semana em que será lembrado o "Dia da Visibilidade Trans", que ocorrerá na próxima sexta-feira, 29 de janeiro.
Marcas dos disparos ficaram nas paredes do imóvel, na sala e na cozinha, e também em um muro, de acordo com a comunicação da bancada.
Além da covereadora, dentro da casa estavam o irmão e a mãe dela, que escutou os disparos por volta das 2h. Vizinhos também ouviram barulho de tiros, segundo a assessoria.
Um vídeo de uma câmera de segurança mostra um carro parado por 3 minutos em frente à residência de Iara. O material será entregue ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo a comunicação da bancada, existe a suspeita de que o veículo possa estar envolvido no atentado, já que foi filmado entre às 2h07 e 2h10, período em que testemunhas escutaram os disparos. O automóvel branco com vidros escuros foi embora logo depois.
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