Tatiana Medeiros formaliza denúncia de fura-filas na vacinação em Campina Grande
A médica publicou em suas redes sociais que estava colhendo provas, que foram produzidas pelos próprios vacinados, e que denunciaria o caso no Ministério Público da Paraíba
Médica Tatiana Medeiros formalizou a denúncia de fura-filas na cidade de Campina Grande. (Foto: Divulgação) |
A médica revelou, em entrevista ao ClickPB, que antes de formalizar presencialmente a denúncia no MPPB já havia feito três denúncias de forma eletrônica. "Hoje eu reuni todas as denúncias e fui fisicamente protocolar", comentou, destacando que recebeu inúmeros casos de pessoas que furaram a fila das prioridades na vacinação contra a covid-19. "Eu tenho print de postagens. Hoje, as pessoas usam de forma indevida as redes sociais, às vezes não sabem nem que estão gerando provas contra elas. Foi exatamente o que aconteceu", revelou.
Tatiana Medeiros informou ainda que no primeiro protocolo, de forma eletrônica, foram enviados cinco denúncias. No segundo, um e no terceiro outra. Ao todo, sete denúncias. "E tem mais. Agora só estou encaminhando quando eu tenho informações a mais que me dão segurança para encaminhar, mas eu recebo diariamente uma enxurrada de denúncias. As pessoas estão extremamente preocupadas, porque logicamente estamos em uma pandemia, e o tempo urge, onde a vida se depara com a morte", observou.
Entre os denunciados estão pessoas jovens que não estão entre os grupos prioritários e que trabalham em locais que não lidam diretamente com pacientes doentes com o novo coronavírus. "São pessoas que receberam empregos por amizades na parte administrativa de uma UPA que ainda não foi selecionada para receber as doses. A gente não tem dose suficiente nem para 50% dos profissionais de saúde", revelou. A médica destacou a importância de que todos sejam vacinados, mas frisa a importância de se respeitar a fila e os critérios.
Denúncia nas redes
Em suas redes sociais, ela declarou que está reunindo provas para formalizar uma denúncia junto ao Ministério Público. A médica publicou em suas redes sociais que estava colhendo provas, que foram produzidas pelos próprios vacinados, e que denunciaria o caso no Ministério Público da Paraíba.
O município de Campina Grande recebeu na primeira remessa 4.194 doses da Coronavac. Já da Astrazenaca/Oxford, 3.210 e a terceira remessa (Coronavac). Na semana passada, o MPPB informou que para denunciar seria necessária a apresentação de provas (fotos, vídeos) para início da investigação.
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