TCU acionado e poderá investigar compras de alimentos de R$ 1,8 bi do governo
Para os parlamentares, “esse cenário exige uma análise detida e criteriosa por parte do órgão". Gastos envolvem chiclete e leite condensado
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Sede do TCU (Foto: Felipe Menezes/Metrópoles) |
De acordo com os congressistas, “esse cenário, como se passará a demonstrar, exige uma análise detida e criteriosa por parte do Tribunal de Contas da União”.
A representação é uma resposta à matéria veiculada no domingo (24/1), pelo Metrópoles, que revelou um aumento de gastos do governo federal na compra de produtos alimentícios.
Segundo dados do Ministério da Economia, no último ano, todos os órgãos do Executivo pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos – um aumento de 20% em relação a 2019.
Chiclete, leite condensado e alfafa
Só em goma de mascar, foram R$ 2.203.681,89 aos cofres públicos. Sem contar a compra de molhos shoyo, inglês e de pimenta que, juntos, somam mais de R$ 14 milhões do montante pago. Pizza e refrigerantes também fizeram parte do cardápio do ano. O custo foi de R$ 32,7 milhões para a União.
Para alguns órgãos, a conta custou mais e o cardápio foi bem mais variado. A maior parte das compras e o montante mais alto é ligado ao Ministério da Defesa. Foram mais de R$ 632 milhões com alimentação das tropas. A compra de vinhos, por exemplo, que somou R$ 2.512.073, 59, foi quase toda bancada pela pasta.
Na representação, os parlamentares ressaltam que, “em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos apontado pelas matérias é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”.
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