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COLUNA A. SANTOS! Editor de Fato a Fato revela o “recado das urnas” no pleito de 2020 em Guarabira

Guarabira, o recado das urnas

Caríssimo eleitor (internauta);

Antonio Santos, editor de Fato a Fato (Foto: F@F)
Ainda que realizadas o ano passado, inclusive em meados a uma famigerada pandemia do novo coronavírus, as eleições de prefeito e vereador em Guarabira foram ultimadas com eleitos, derrotados, decepcionados, magoados, mas as urnas também deixaram recados claros e didáticos a quem do pleito participou como candidato ou coadjuvante.

No que tange ao resultado final do pleito, tendo o atual gestor Marcus Diôgo (zenobista de carteirinha) sido reeleito e com maioria considerável, as urnas mostraram que quem está no poder e se utiliza da “caneta de farta tinta” e da chamada “máquina administrativa”, a tendência é levar vantagem sobre os concorrentes, como de fato aconteceu.

E não foi diferente no pleito realizado o ano passado na Terra de Osmar de Aquino. Mesmo sendo um neófito na disputa ao cargo de prefeito (havia sido eleito vice com Zenóbio Toscano (falecido) na cabeça de chapa nas eleições de 2016 e assumido a titularidade com a morte de ZT), Diôgo não inovou em nada na campanha, fez apenas “Ctrl C” e “Ctrl V” daquilo escrito por Toscano em eleições passadas e conseguiu derrotar seus adversários.

Outros fatores, a exemplo da comoção pelo falecimento de Zenóbio, os apoios de Léa e Camila Toscano e a adesão de alguns membros da oposição, foram importantes na reeleição do atual gestor. No entanto, nada mais decisivo que a “caneta de farta tinta” e a máquina administrativa em suas mãos para fazer o que bem entendessem. 

E quanto aos derrotados, as urnas disseram claramente aos postulantes da oposição que separados, divergentes e com alguns integrantes de seus quadros olhando apenas para o próprio umbigo, dificilmente teriam êxito, sobretudo por que quem estava no poder, no caso o prefeito Marcus Diôgo, deixaria de utilizar os meios que dispunha para permanecer à frente da máquina municipal.

Quando se soma, por exemplo, os votos dos dois candidatos da oposição (Roberto Paulino e Teotônio), pode ser ter uma noção, em termos de resultado final, daquilo que as urnas desenhavam para, ao fim da campanha, mostrar que unidos o pleito poderia ter um retrato diferente.

O MDB e o Cidadania se uniram, mostrando desprendimento, espírito público e compromisso com a população esquecida pela gestão municipal. A aliança, mesmo com integrantes dos dois grupos tendo ideias antagônicas, superou as diferenças internas e externas, trabalhou as convergências, mas não foi o bastante para consolidar uma vitória futura. 

Faltava mais um integrante para, quem sabe aderisse, pudesse concluir histórica união de forças e o quadro fosse finalizado em obra de arte eleitoral vitoriosa. O que não ocorreu, sobretudo por que um pintor preferiu pintar sua própria obra a desenhá-la a quatro mãos. Em concursos de artes não vencem apenas quem tem mais tintas e pinceis à sua disposição. Quando os artistas se unem, inclusive sem lambuzar a paisagem com decisões unilaterais, tendem a criar verdadeiras obras de artes.

Isso, por si só, prova que egoísmo, também na política partidária, tende a ser varrido das disputas eleitorais. Quando as urnas dizem, mostram, provam e comprovam que a união faz a força, inclusive em Guarabira, não há outro caminhar a seguir. A soberania popular, sobretudo do eleitorado guarabirense, é algo de notável, basta verificar o resultado do pleito municipal do ano passado.

É claro que o embate estadual de 2022 falta mais de um ano para ocorrer. Diferente da campanha municipal, pode ser um cenário para se aprender algo do pleito eleitoral de 2020. Basta que as lideranças de oposição em Guarabira usem os recados deixados pelas urnas, pensem mais no povo e deixem os próprios umbigos para quando estiverem em frente ao espelho sozinhas.

O resultado do pleito estadual de 2022 em Guarabira pode ser âncora, parâmetro, norte e destino para a campanha de prefeito de 2024. No entanto, é necessário desprendimento, espírito coletivo, grandeza e superação das sequelas da disputa de 2020, sobretudo da parte dos integrantes da oposição.

A oposição guarabirense precisa e tem a obrigação moral de pensar, antes de tudo, na situação em que se encontra os eleitores que lhe depositaram o voto no pleito do ano passado. Essa gente, noventa por cento gente composta de pessoas humildes, é considerada “carta fora do baralho” pela atual administração. 

O bloco de situação, leia-se Camila, Marcus Diôgo, Léa Toscano e os seis vereadores, vai convergir toda em torno de um só candidato a governador, senador e deputado estadual. Talvez se divida em relação a postulação para a Câmara Federal. Estando em zona de conforto político, administrativo e econômico, não se vislumbra o grupo do PSDB guarabirense caminhar em lados opostos, mesmo em seu interior.

Em suma, as urnas de 2020 em Guarabira disseram que a união de forças partidárias é o primeiro passo para a consolidação de vitória em pleitos eleitorais. O tucanato guarabirense, estando em zona de conforto e detentor do poder municipal, seguirá unido em torno de projeto estadual único. Falta saber se as lideranças de oposição farão o mesmo e não deixarão, novamente, seus eleitores órfãos.

Um forte e sincero abraço a todos. Paz e bem!

ANTONIO SANTOS – Editor de Fato a Fato
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