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Criança ferida pela mãe com caneta no pescoço recebe alta do hospital, em JP

Mãe do menino de quatro anos foi encaminhada para o Centro de Atendimento Socioeducativo Rita Gadelha, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. O filho é fruto de um estupro que aconteceu em 2017

Adolescente suspeita de ferir filho com caneta foi estuprada e engravidou aos 11 anos (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
João Pessoa (PB) - O menino de quatro anos ferido pela mãe, uma adolescente de 15 anos, com uma caneta no pescoço, recebeu alta do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa nesta terça-feira (19). De acordo com a unidade de saúde, ele foi levado pelo Conselho Tutelar. A mãe, suspeita de tentar matar o filho fruto de um estupro que aconteceu em 2017, foi encaminhada nesta terça para o Centro de Atendimento Socioeducativo Rita Gadelha, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa.

De acordo com a promotora da infância, Ivete Arruda, a criança não tem condições de voltar para a avó ou para a mãe e segue sendo assistida pelo Conselho Tutelar. Sobre a adolescente, a promotora explica que ela está em internação provisória por 45 dias, mas ressalta que o Ministério Público da Paraíba (MPPB) representou pela internação definitiva. Ela segue sendo acompanhada por médicos e psiquiatras.

O caso envolve uma série de atenuantes. A adolescente tinha 11 anos de idade quando foi estuprada pelo próprio padrasto e engravidou do atual filho de quatro anos. Ela informou ainda, em depoimento à promotora, que a mãe à época ficou em defesa do padrasto e a abandonou. O homem foi preso.

"Ela nos narrou que olhou para a criança na cama e veio na mente dela todas as cenas, como num filme, do que ela tinha passado durante os estupros. A dor que ela sentia, a afetação da dor... Ela decidiu tirar aquela dor e, pela segunda vez, tentou acabar com a vida da criança", conta Ivete Arruda.

A promotora, no entanto, explica que, provavelmente, a adolescente irá responder criminalmente pela tentativa de homicídio, mas todos os atenuantes devem ser levados em consideração, tendo em vista o histórico de violência no qual estava inserida desde a infância.

Relembre o caso

A mãe deu à luz ao menino aos 11 anos, em setembro de 2017, após ter sido estuprada pelo padrasto. A gestação só foi descoberta aos cinco meses, por meio de uma ultrassonografia, quando a criança foi levada pela avó para um posto de saúde.

Conforme o juiz Adhailton Lacet, o aborto legal não foi realizado porque a idade gestacional da menina já estava avançada, oferecendo riscos à saúde dela. O juiz também informou que o acusado de estupro chegou a ser condenado e atualmente cumpre pena.

Na época, mãe e filho chegaram a ser acolhidos por uma família, mas, após dois anos, eles voltaram para a casa de acolhimento. Enquanto estava com essa família, a adolescente relatou ter tentado afogar o menino em uma banheira, mas como não foi comprovado, a guarda da criança permaneceu com ela, e ambos eram assistidos pela Justiça.

No último domingo (17), a menina teria colocado o fio ao redor do pescoço da criança e, depois, fincado a caneta no pescoço dela. Quando sentiu que o filho estava realmente perdendo as forças, ela gritou por ajuda no centro de acolhimento que residia.

O menino de quatro anos segue internado em estado grave no Hospital de Trauma de João Pessoa.

Do g1
Publicada por F@F em 20.10.2021
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