Padre Egídio e Samuel viram réus por desvios de iPhones no Padre Zé
O advogado de Samuel Segundo, Aécio Farias, afirmou que recebeu a denúncia com surpresa e confia na absolvição de seu cliente. A defesa de Padre Egídio não se manifestou até o momento
Padre Egídio e Samuel Rodrigues (Foto: Reprodução) |
Segundo a investigação inicial da Polícia Civil, realizada através da Operação Pai dos Pobres, Egídio e Samuel foram até Foz do Iguaçu, no Paraná, buscar a carga de celulares que seria leiloada em prol do hospital. As 15 caixas com os aparelhos foram armazenadas na sede da instituição, mas posteriormente, 12 delas foram encontradas esvaziadas. Estima-se que mais de 670 produtos, avaliados em mais de R$ 500 mil, foram subtraídos. As caixas vazias foram descartadas sem comunicação às autoridades competentes.
A denúncia aponta que Egídio de Carvalho comunicou o fato à Polícia Civil. Rastreamentos dos aparelhos via IMEI levaram os investigadores até Jefferson Belmont, que afirmou ter adquirido os telefones de Samuel Segundo. O Ministério Público argumenta que a subtração dos itens doados provocou danos financeiros às entidades sociais e humanitárias, comprometendo serviços essenciais destinados à população vulnerável.
O Gaeco também destaca que a Operação Indignus, deflagrada após a descoberta dos desvios, revelou a existência de uma organização criminosa enraizada na alta cúpula do Hospital Padre Zé. Até o momento, os danos causados pelo grupo criminoso liderado por Egídio de Carvalho ultrapassam R$ 140 milhões, segundo o Ministério Público.
Padre Egídio é réu em outros dois processos relacionados a fraudes e desvios no hospital. Em um deles, ele é acusado de desvio de recursos e fraudes na gestão da instituição, juntamente com a ex-tesoureira Amanda Duarte da Silva Dantas e a ex-diretora Jannyne Dantas Miranda e Silva. No outro, responde pela compra fraudulenta de computadores, com a participação de Amanda Duarte e do empresário João Diógenes de Andrade Holanda.
Com essa nova acusação, o Ministério Público pede a condenação de Egídio e Samuel, além do pagamento de R$ 525 mil em danos morais e R$ 1 milhão em danos morais coletivos. O advogado de Samuel Segundo, Aécio Farias, afirmou que recebeu a denúncia com surpresa e confia na absolvição de seu cliente. A defesa de Padre Egídio não se manifestou até o momento.
Do Wscom
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