Ao lado de Lula, João participa da entrega de trecho do Ramal do Apodi
O governador João Azevêdo disse que o sentimento é de gratidão aos investimentos hídricos do governo Lula na Paraíba
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João Azevêdo e Lula inauguram obra (Foto: Francisco França) |
Antes de chegar à Paraíba, Lula sobrevoou o trecho da barragem no Ceará e em Salgueiro, Pernambuco, onde assinou a ordem de serviço, no valor de R$ 491,3 milhões, para duplicar a capacidade de bombeamento de água em todo o Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco (PISF), nas estações de bombeamento intermunicipais EBI1, em Cabrobó (PE); EBI2, em Terra Nova (PE); e EBI3, em Salgueiro (PE). A obra amplia a capacidade de 24,75 m³/s para 49 m³/s, beneficia 237 municípios e cerca de 8,1 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Na Paraíba, o presidente inaugurou o Trecho I do Ramal do Apodi, que possui 115,5 km de extensão, e liga a Barragem Caiçara (PB) à Barragem Angicos (RN), com vazão projetada de 40 m³/s. A obra, iniciada em 2021, está 74,83% concluída e tem entrega total prevista para outubro de 2026, com investimento de R$ 1,45 bilhão. Quando finalizado, o ramal atenderá cerca de 750 mil pessoas em 54 municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
O governador João Azevêdo disse que o sentimento é de gratidão aos investimentos hídricos do governo Lula desde o eixo Leste, em Monteiro, o eixo Norte, que chega na Barragem de Caiçara e desce para engenheiro Ávidos e na Barragem de São Gonçalo até o Rio Grande do Norte e agora mais uma entrada das águas da Transposição no Sertão da Paraíba.
João Azevêdo acrescentou que é dever do estado fazer com que essas águas tenham a maior capilaridade e a Paraíba hoje possui grandes projetos como os sistemas de adutoras do Cariri e do Curimataú, que juntas somam mais de 700 km de extensão e trarão a tão sonhada segurança hídrica para duas regiões. “E isso só foi possível porque o presidente Lula fez e entregou a Transposição do Rio São Francisco. Lula, você trouxe vida, trouxe dignidade para pessoas que não tinham água em suas torneiras”, ressaltou.
O chefe do Executivo lembrou que no primeiro mês de governo o presidente Lula chamou todos os governadores do Nordeste para ouvir deles as prioridades para a construção de uma grande parceria. E os resultados são positivos, pois somente a Paraíba tem dentro do PAC 3 mais de R$ 22,8 bilhões em investimentos em obras que vem transformando muitas vidas. "Era preciso que o senhor voltasse hoje à Paraíba para entregar essa tão importante obra que transforma vidas”, declarou João Azevêdo.
"Essa obra é uma demonstração clara de que a natureza pode ser utilizada em benefício da população. Aqui o pessoal morria de fome, o gado morria de fome e ninguém dava jeito. Preferimos resolver esse problema e trazer água para que o povo trabalhe aqui, plante aqui, viva com sua família aqui. É isso que a obra representa, dignidade para povo nordestino", destacou o presidente Lula durante a inauguração.
Em seu discurso, Lula disse que a transposição do Rio São Francisco é a redenção de um povo e foi a melhor decisão que tomou em sua vida. “A transposição das águas do Rio São Francisco tinha como objetivo dar aquilo que Deus dá a todo mundo, que é um copo de água para beber para 12 milhões de pessoas que viviam no semiárido brasileiro. E por que tomei a decisão de fazer as obras do Rio São Francisco? É porque sei o que é ir para um açude sujo pegar água para beber. É porque mesmo com muitas vozes contrárias era uma obra necessária e que vinha sendo prometida há 176 anos", enfatizou.
Lula adiantou que a transposição é a primeira parte da obra, em seguida é preciso a parceria dos governos estaduais, municipais e federal para fazer com que a água chegue até as casas dos cidadãos e propriedades dos pequenos agricultores para gerar renda. “O fim da transposição não é a gente terminar essa obra, é fazer a água chegar na casa das pessoas, tratada e com qualidade”, pontuou.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou a importância da água do Rio São Francisco para quem vive no semiárido nordestino. “Hoje é mais que uma cerimônia, é um compromisso selado com a história, com o presente, o futuro e o povo do Nordeste. Damos mais um passo para que a transposição do Rio São Francisco cumpra sua missão integral, ser água para todos, o tempo todo, em todo o Nordeste.
Waldez destacou o grande passo que foi dado hoje com a autorização para início das obras para a duplicação da quantidade de água a ser transposta pelo São Francisco que servirá todo o povo da região, especialmente os que moram em áreas rurais e são agricultores.
O prefeito de Cachoeira dos Índios, Alysson Francisco, agradeceu ao presidente Lula por colocar o município na história da obra hídrica mais importante do país. Nosso povo está agradecido e com esperança de que com a obra da transposição do Rio São Francisco possamos viver em uma região mais fértil e desenvolvida.
Dentre outras autoridades presentes no evento estavam os ministros da Casa Civil, Rui Costa; o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos; a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra; os deputados federais Damião Feliciano, Gervásio Maia, Luiz Couto, Pedro Campos (PE) e Mineiro (PE); o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena; o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino; o secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga; e o chefe de gabinete do governador, Ronaldo Guerra.
Caminho das Águas — A agenda faz parte do Caminho das Águas, iniciativa do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) que, desde o dia 25, percorre a trilha da Transposição do Rio São Francisco pelo Sertão nordestino, passando pelos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
A transposição do Rio São Francisco é considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil e da América Latina. Foi idealizada e iniciada no governo do presidente Lula, com a meta de beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios e 294 comunidades rurais. O projeto foi oficialmente lançado em junho de 2007, após décadas de debates sobre a necessidade de levar as águas do "Velho Chico" para regiões historicamente castigadas pela escassez de água. Foram iniciadas as principais frentes de trabalho nos dois grandes eixos — Norte e Leste —, consolidando sua autoria e compromisso com o desenvolvimento social e econômico do semiárido nordestino.
Além desses grandes canais da transposição do Rio São Francisco, outros projetos de segurança hídrica – como adutoras, ramais, reservatórios – estão espalhados pelos sertões da Bahia, Alagoas, Piauí e Maranhão, formando o Caminho das Águas. Somando estudos e projetos em andamento, são mais de 70 ações, todas elas inscritas no Novo PAC. Todo o Caminho das Águas estará em inspeção nos meses de maio e junho, por uma comitiva liderada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
Fonte: Secom/GOVPB
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