Minha poesia (porto seguro)
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Antonio Santos, poeta e jornalista (Foto: Arquivo Pessoal) |
Às vezes, quando me ignoro e ando sem destino,
sem ancoradouro, vivendo de estação e estação,
viajo nas asas da poesia, me agarro aos versos
e acho o porto seguro do caminhar, a vida.
Os versos são como asas flutuantes e, mesmo
ao firmamento, me seguram firmes ao vento.
A poesia, feito a vida, nunca me deixa cair ao
menor sacrifício. E assim sigo versejando a fé.
Se o poema e as asas não inspiram os versos,
aí vem a poesia em êxtase real e me protege.
Nela encontro inspiração, raiz maiúscula
de quem segue existindo, fazendo da vida canção.
E, quando chego ao destino, sem saber ou ver,
a poesia, o poema e os versos estão prontos.
Nem lembro mais das estações alheias, apenas
das asas que me seguraram sem nada cobrar.
Elas, essas mesmas asas, até hoje me fazem
caminhar entre os versos, fazendo poesia,
rimando coração com canção de fé e existindo
pra vida como estação certa e porto seguro.
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