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Dallagnol reconhece diálogos do Intercept e intenção de investigar Gilmar

Dallagnoll foi convocado para ir à Câmara e responder aos deputados pelas suas atitudes ilegais, enriquecimento ilícito com palestras e fundações privadas

Deltan e Gilmar Mendes (Foto: Da Net)
Ameaçado de afastamento, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, confirmou, na manhã desta sexta-feira (9), ter discutido sobre uma possível investigação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. 

Dallagnol, em entrevista a Revista Época, citou que já vinha estudando a certo tempo como poderia configurar algum ato de suspeição de Gilmar e assim tentar derrubar o ministro com um impechement.

“Estudamos se os atos dele configurariam, para além de atos de suspeição, infrações político-administrativas”, disse o procurador 

Entenda

De acordo com a Constituição a tentativa de investigar o ministro Gilmar Mendes é ilegal já que o mesmo só pode ser investigados com autorização de seus pares.

Procuradores usaram o caso de Paulo Vieira de Sousa, o Paulo Preto, operador financeiro do PSDB, para tentar investigar ações contra o ministro do STF. Segundo reportagem do Intercept em parceria com o El País, uma aposta era que Gilmar, que já havia concedido dois habeas corpus em favor de Preto, aparecesse como beneficiário de contas e cartões que o operador mantinha na Suíça.

Empreendimento Lava Jato

De acordo com a entrevista publica por Época, o procurador admitiu ter discutido a criação de uma empresa para gerir suas palestras e cogitado colocar sua mulher na administração do negócio. Dallagnol afirmou que, se o tivesse feito, estaria seguindo a lei.

“Existe um oportunismo de buscar e identificar qualquer brecha para atacar a operação, distorcer fatos e atacar os personagens que acabaram tendo protagonismo na operação. E o objetivo disso, a meu ver, não é atacar a pessoa do Deltan, a pessoa do Moro. É atacar o caso, a Lava Jato”.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), nas redes sociais, bateu duro no procurador. “O cretino finalmente confessa seus crimes e assume que diálogos do The Intercept são reais. Só não tem coragem de ir à Camara dizer estas bobagens na minha frente. É um corrupto assumido. Dallagnol reage: ‘Eu não devo, e a Lava Jato não deve’ – Época”, postou o parlamentar no Twitter.

Debate na Câmara

Dallagnoll foi convocado para ir à Câmara e responder aos deputados pelas suas atitudes ilegais, enriquecimento ilícito com palestras e fundações privadas. Segundo Rogério, já foi solicitado a “retenção de seu passaporte e CNMP precisa agir contra o delinquente”, acrescentou. As informações são do 247 com Época.

Do Wscom
Publicada por F@F em 09.08.19, às 14h29
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