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Chuva faz rios transbordarem, causa dezenas de alagamentos e trava São Paulo

Temporal registrado em 24 horas é o maior para o mês de fevereiro em 37 anos. Em dia caótico, rios Tietê e Pinheiros transbordaram. Rodízio de veículos deve continuar suspenso nesta terça

Centro foi invadido pelas águas (Foto: Reprodução)
A chuva forte que atingiu São Paulo a partir do fim da tarde deste domingo (9) provocou destruição e caos. A tempestade fez rios transbordarem, causou dezenas de alagamentos, deslizamentos e travou a cidade. De acordo com a prefeitura, o temporal ganhou força a partir da 1h desta segunda-feira (10).

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O volume de água registrado no intervalo de 24 horas foi o maior para um mês de fevereiro em 37 anos, informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Os rios Tietê e Pinheiros transbordaram, o que não ocorria desde março de 2016. Segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, desde 2005 o Pinheiros não transbordava na integridade de sua extensão. A duas marginais ficaram com trechos intransitáveis.

A circulação dos transportes públicos (ônibus, metrô e trens) ficou comprometida, e a prefeitura suspendeu o rodízio de veículos, medida que vai continuar a valer durante toda a terça-feira (11).

Por volta das 18h30 desta segunda, todas as zonas da cidade saíram do estado de atenção para alagamentos – o status havia sido determinado à 1h02. Os estados de alerta foram mantidos apenas nas marginais Pinheiros e Tietê, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

Diversas pessoas ficaram ilhadas em casas e ruas, e muita gente não conseguiu chegar ao trabalho (clique aqui para ler relatos dos afetados pela chuva). Botes foram usados em operações de resgate. A recomendação dos Bombeiros e da Defesa Civil do Estado é que as pessoas evitem sair de casa.

Além disso, ficaram alagados a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e o Campo de Marte, aeroporto da Zona Norte da capital.

Após uma manhã caótica, São Paulo chegou a ter 132 pontos de alagamento nesta segunda. Até a última atualização desta reportagem, 79 pontos de alagamento continuavam ativos, sendo 56 intransitáveis e 23 transitáveis (clique aqui para ver as atualizações).

Os Bombeiros registraram 857 acionamentos por enchentes, 134 quedas de árvores e 151 desabamentos. Em Osasco, um menino de 8 anos foi soterrado e resgatado com vida. A Prefeitura da cidade decretou estado de calamidade, e outros municípios da Grande São Paulo tiveram desabamentos, com pessoas desalojadas.

O governo e a Prefeitura de São Paulo responsabilizaram a chuva excessiva pelos inúmeros transtornos.

"É uma cidade extremamente impermeabilizada, não há absorção. Os sistemas de piscinão funcionaram até o limite, os sistemas de bombeamento funcionaram até o limite, mas o que ocorreu foi: excesso de chuva em um período pequeno", disse o Secretário Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, declarou que os moradores da cidade que se sentirem prejudicados pelos alagamentos podem pedir ressarcimento de impostos nas Subprefeituras. Os valores, segundo o prefeito, serão ressarcidos no IPTU de 2021.

Segundo a Defesa Civil, até a última atualização desta reportagem, não havia registro de ocorrências graves ou com vítimas por causa da chuva.

O temporal foi provocado pela passagem de uma frente fria pela costa paulista, associada a uma área de baixa pressão atmosférica.

egundo o CGE, em dez dias já choveu cerca de 208 mm, o que equivale a 96% da média esperada para o mês de fevereiro (216,7 mm). Apenas entre 7h e as 13h desta segunda, o volume foi de 88,7 mm na cidade.

Ainda de acordo com o CGE, a chuva forte deve continuar ao longo da tarde e da noite, e o tempo deve continuar instável nesta terça.

Do G1
Publicada por F@F em 10.02.2020, às 20h15
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