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João aponta falta de liderança de Bolsonaro na pandemia do novo Coronavírus

Azevêdo declarou que, no plano do Governo do Estado, a flexibilização do isolamento social só irá ocorrer quando existir uma diminuição constante no número de casos e mortes

Governador João Azevêdo, da Paraíba (Foto: Wscom)
O governador João Azevêdo (Cidadania) reclamou, nesta segunda-feira (11), da ‘falta de coordenação nacional’ do Governo Bolsonaro em meio à pandemia do novo Coronavírus no Brasil. Além da crise pelo vírus, o país sofre com a relação conturbada entre estados e municípios e o Ministério da Saúde, disse o governador.

“Desde março a Paraíba vem adotando medidas, desde decreto de emergência, criando as condições para promover o isolamento social como única ferramenta que dispomos no momento para enfrentar essa pandemia. Implantamos hospitais de campanha, ampliados UTIs, fizemos um plano de contingenciamento, e na medida do possível implementamos diante do que apresentamos hoje, que é a falta de coordenação nacional para ajudar estados e municípios na aquisição de insumos, equipamentos, falta de discurso único de enfrentamento à pandemia. Isso tem levado aos estados e municípios mais uma dificuldade, além da crise sanitária. Temos um problema muito seria que é essa relação que estados e municípios tem com o Ministério da Saúde”, declarou à CNN Brasil.

João revelou que a Paraíba conta com 70% do seu plano de contingenciamento contra a Covid-19 implementado. O restante, depende de insumos e equipamentos prometidos pelo Ministério da Saúde, que não chegaram ou chegaram de forma muito ‘incipiente’.

“Na mudança da equipe do Ministério, criou-se vácuo de continuidade, durante esse período a logística implementada principalmente para aquisição e equipamentos foi suspensa e implantada uma nova. Hoje o Brasil não tem respiradores nem ventiladores vindos na China, nem tem fabricação nacional, fabrica-se 180 por semana, não representa nada em função da demanda, faltou um discurso único que unificasse o país, que traga esperança, faltou liderança. Estados estão à mercê da sorte, buscando aquisição de equipamentos, como mercado explorando, subindo preço de equipamentos. Faltou discurso único e percebe um desencontro no Governo Federal”, disse.

Flexibilização do isolamento

Azevêdo declarou que, no plano do Governo do Estado, a flexibilização do isolamento social só irá ocorrer quando existir uma diminuição constante no número de casos e mortes, além da manutenção de um ‘score’ de isolamento e um número de leitos que garantam atendimento em UTI.

“Quando se faz a análise do número de leitos ocupados ou não, e se fala em um estado como um todo, temos por exemplo 55% dos leitos ocupados, mas quando faz a estratificação para leitos de UTI, esse valor sobe para 67%, mais uma vez para região metropolitana, passa para 70%. Quando você verifica que leitos infantis e para gestantes são menos usados, você atinge praticamente 80% ocupados. As condições básicas para flexibilização são essas: diminuição do número de casos, score de isolamento que a população entenda a importância de permanecer em casa, e hoje estão cada vez mais baixos, atingimos um pico em 22 de maço de 68%, entretanto hoje passa um pouco de 40%”, comentou.

O governador cobrou ainda conscientização da população: “Está faltando um pouco de consciência coletiva para essa doença em que você não tem vacina, não tem nenhum tratamento, remédio definido, o melhor é o isolamento. Só com o isolamento e o uso de mascaras que nós vamos fazer esse achatamento de curva e não permitir o colapso”.

Do Wscom
Publicada por F@F em 11.05.2020, às 18h14
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