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Novo ministro da Educação já defendeu educar crianças com 'dor'

Castigos físicos são proibidos pela legislação brasileira; Milton Ribeiro também afirmou que homem 'aponta o caminho que a família vai'

Milton Ribeiro, em gravação de 2018 Foto: Reprodução/Youtube
O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, já defendeu que crianças devem "sentir dor" ao serem educadas. De acordo com Ribeiro, a "correção" não será obtida por "métodos suaves", com a exceção de algumas crianças "superdotadas" que entenderiam o argumento dos pais. Ribeiro foi nomeado ministro na sexta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele é pastor da Igreja Presbiteriana.

— A correção é necessária pela cura. Não vai ser obtido por meios justos e métodos suaves. Talvez aí uma porcentagem muito pequena de criança precoce, superdotada, é que vai entender o seu argumento. Deve haver rigor, desculpe. Severidade. E vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim, deve sentir dor — diz Ribeiro, em vídeo que circula nas redes sociais.

De acordo com o "Uol", o vídeo foi publicado originalmente em abril de 2016, com o título "A Vara da Disciplina", mas foi apagado após a repercussão negativa, depois da nomeação de Ribeiro.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a utilização de "castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto". Essa proibição foi estabelecida em 2014, por uma lei apelidada de Lei da Palmada.

No mesmo vídeo, Ribeiro rebate críticas de que ele estaria sendo "antipedagógico" afirmando que esses problemas são causadas pela ausência dos pais das crianças. De acordo com ele, é o homem que "aponta o caminho que a família vai". 

— Pastor, o senhor está sendo muito antipedagógico. Eu amo as crianças da minha igreja. Mas por que isso aconteceu? Os homens não estavam lá. Eles estavam em outro lugar. Quando o pai é ausente dentro da casa, o inimigo ataca. Quando o pai não impõe...Impõe, essa é a palavra, me desculpe, é a palavra usada, (quando não impõe) a direção que a família vai tomar...Não é que ele é o mandatário, que sabe tudo, não. Mas ele, o pai, o homem dentro de uma casa, segundo a Bíblia, o cabeça do lar, ele que aponta o caminho que a família vai.

O ministro foi procurado para comentar as declarações, mas ainda não respondeu.

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De O Globo
Publicada por F@F em 11.07.2020
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