Cacique eleito prefeito em Pernambuco pode ter candidatura cassada
Entidade faz carta de solidariedade e lembra que processo que pode impugnar chapa de Marcos Xukuru foi iniciado em caso em que ele sofreu atentado
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Cacique Marquinhos Xukuru, eleito prefeito de Pesqueira, em Pernambuco (Foto Divulgação Apib) |
Na mensagem, a Apib diz que o processo que pode invalidar a chapa de Xukuru é uma “ação de base racista que foi movida pela atual prefeita da cidade, que concorria à reeleição e foi derrotada nas urnas por Marcos no dia 15 de novembro”. Maria José Castro Tenório (DEM) obteve 45,48% dos votos válidas na cidade, contra 51,6% recebidos pelo Cacique Marquinhos.
A eleição de Marquinhos levou a população de Pesqueira a dançar nas ruas para comemorar o feito. Ele recebeu o apoio de diversas lideranças progressistas, como o senador Paulo Paim (PT-RS) e a líder indígena Sônia Guajajara, que foi candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições presidenciais em 2018. Marquinhos ainda publicou foto com o ex-presidente Lula nas redes.
O processo
Em 2003, segundo a Apib, o indígena e seus seguranças teriam sido alvo de um atentado. No entanto, foi movido um processo de dano ao patrimônio privado contra ele. Com base nessa ação, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu a candidatura de Marquinhos.
Agora, ele depende de uma reanálise do caso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se for favorável ao indígena, ele terá o direito à posse assegurado. E é para conclamar que esse resultado seja em prol de Marquinhos que a Apib divulgou o documento.
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