PSD se afasta de Bolsonaro de olho em 2022 e coloca Romero em saia justa na PB
A manobra do PSD de se afastar de Bolsonaro tornou-se ostensiva na CPI da Covid, com os senadores Omar Aziz e Otto Alencar
Romero Rodrigues e Bolsonaro (Foto: Reprodução) |
Segundo o portal Correio Braziliense, políticos filiados à sigla reprovam a forma como Bolsonaro tem conduzido a pandemia da covid-19 e avaliam que, para o bem do partido, o PSD não pode ser levado junto. Não à toa, parlamentares da legenda acreditam que, hoje, a agremiação tem menos chances de construir uma relação com presidente do que há um ano, quando Bolsonaro iniciou a aproximação com o Centrão.
O primeiro passo em busca da “independência” dado pelo partido foi a filiação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, à legenda, na última terça-feira. Presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab foi o responsável por negociar a saída do prefeito do DEM. O presidente do PSD ainda negocia a filiação do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara. Com a chegada dele à legenda, Kassab aposta em um fortalecimento da oposição a Bolsonaro no berço eleitoral do presidente, o que certamente teria impacto na eleição presidencial. Nessa articulação para minar a popularidade de Bolsonaro no Rio, o pessedista cogita até uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Neste sentido, como fica o posicionamento do aliado do presidente Bolsonaro, o ex-prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues, que nas suas redes sociais já de4clara apoio a reeleição de Bolsonaro. Em recente visita a Campina, Bolsonaro cumprimentou alguns apoiadores que o aguardavam e estava acompanhado do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), a quem declarou apoio para o Governo do Estado em 2022 e disse que ele “mora no coração”.
Desgaste na comissão
A manobra do PSD de se afastar de Bolsonaro tornou-se ostensiva na CPI da Covid, com os senadores Omar Aziz e Otto Alencar. Na sessão de ontem, que interrogou o ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o presidente da comissão fez duros ataques à utilização da cloroquina no tratamento a pacientes infectados pelo novo coronavírus — mesmo sem comprovação científica, o remédio é defendido por Bolsonaro e vem sendo defendido pelos senadores governistas na CPI.
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