Bolsonaro pode ser interditado, diz autor de impeachment de Dilma
Para Miguel Reale Júnior, Bolsonaro tem “quadros de anormalidade, falta de empatia” e pode ser afastado por pedido do Ministério Público Federal
O advogado Miguel Reale Júnior durante o julgamento de impeachment da presidente Dilma Roussef no Senado (Foto: Marcelo Camargo/Agência Senado) |
Apesar disso, o Procurador-Geral da República e chefe do MP, Augusto Aras, não irá tomar medidas em prol do afastamento de Bolsonaro, disse Reale Jr. Para o jurista, o presidente apresenta “quadros de anormalidade, falta de empatia, personalidade antipática e antissocial” e “gosta de tortura”. “Diz ele: ‘Eu sou o presidente, tenho a caneta’. Tudo isso compõe esse comportamento tão desavisado”, acrescentou.
Em outra entrevista concedida nesta sexta ao portal Uol News, Reale Jr. afirmou que está envergonhado de morar no Brasil e vê o País “abandonado, sem ninguém que cuide de nós”. Ele criticou a atuação da gestão Bolsonaro na pandemia do coronavírus. O jurista também sugeriu união de procuradores para pressionar Aras a mudar sua postura frente ao governo federal.
“Sensação que temos é de orfandade. Nós estamos no meio da pandemia, nas vésperas de ter 500 mil mortos [pela covid-19] e estamos sem instrumentos de contenção da loucura, da irresponsabilidade. Nós estamos soltos, ao léu, estamos abandonados. A sensação é de abandono”, declarou.
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